Monti bate o pé à Alemanha para obter protecção dos fundos de socorro do euro

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Angela Merkel e Mario Monti na cimeira em Bruxelas John Thys/AFP

Mario Monti, primeiro-ministro italiano, colocou os Governos do Norte da Europa sob uma forte pressão para aceitarem a activação dos seus fundos de socorro para a compra de dívida pública de Itália e Espanha no mercado, de modo a baixar as taxas de juro exigidas pelos investidores.

Monti, com o apoio de Marino Rajoy, chefe do Governo espanhol, pôs a sua reivindicação na mesa de uma cimeira de líderes da União Europeia (UE) inicialmente consagrada ao aprofundamento da integração económica e financeira, mas que acabou por ser dominada pela urgência de proteger a terceira e a quarta economias do euro dos riscos de contágio da crise da dívida.

Monti está há várias semanas a tentar convencer a Alemanha, Holanda ou Finlândia a aceitar que os fundos do euro – o actual FEEF e o ESM que deverá arrancar até ao fim de Julho – intervenham no mercado da dívida para baixar os juros que, ao nível de 6% para a dívida italiana e quase 7% para a espanhola, estão prestes a tornar-se incomportáveis.

O chefe do Governo italiano deixou aliás claro nos últimos dias que sem uma decisão nesse sentido bloqueará outras medidas que interessam a outros países – como a criação de uma taxa sobre as transacções financeiras. Este imposto é crucial para Angela Merkel, chanceler alemã, para conseguir a ratificação no parlamento federal do Tratado orçamental que impôs aos parceiros europeus.

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