Paulo Azevedo aplaude acordo na concertação social

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Paulo Azevedo, presidente da Sonae, reforça remuneração aos accionistas. Daniel Rocha

CEO da Sonae diz que a negociação conseguida entre Governo, sindicatos e empresas distingue Portugal dos outros países em dificuldade.

Paulo Azevedo, presidente executivo da Sonae, grupo que detém o Continente e o PÚBLICO, aplaudiu hoje o acordo conseguido em sede de concertação social entre Governo, empresas e sindicatos, e que prevê, entre outras medidas, férias mais curtas, bancos de horas e gestão de pontes mais flexíveis.

“Foi muito bom que tenha havido acordo. Penso que Portugal se tem de distinguir dos outros países em dificuldade por fazer ajustamentos com relativa paz social”, disse, à margem do congresso da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), que termina hoje em Lisboa. Falando em concreto sobre a criação de bancos de horas, Paulo Azevedo afirmou que é “uma flexibilidade muito bem-vinda para as empresas”.

Apesar das alterações, o CEO de um dos maiores empregadores nacionais defendeu que os “ajustamentos de competitividade das empresas não serão apenas feitos à custa destas medidas”. “Foi um primeiro passo”, sublinhou. Uma coisa é certa, “toda a gente terá de trabalhar mais”. Resta saber se este acordo “é suficiente para o País sair da crise”, sublinhou.

Paulo Azevedo defendeu ainda que são precisas mais medidas para ultrapassar a crise. Para o CEO da Sonae, a “gestão fiscal” é, aliás, um dos temas que o Governo deverá dar atenção. “A gestão fiscal é um peso enorme para as empresas em termos de estabilidade e segurança”, disse, acrescentando que “há muita burocracia”. Outro ponto essencial para o gestor é o financiamento junto da banca, estrangulado pelo contexto económico. “As empresas estão a ter muita dificuldade em se financiar”, afirmou, acrescentando que mesmo quando é possível ter crédito, há custos elevados.

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