Carlos Moedas: “Temos de trabalhar mais na percepção externa” do programa da troika

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Carlos Moedas diz que "percepção errada" da realidade pode prejudicar Portugal Fernando Veludo/NFACTOS

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, defendeu hoje que o Governo tem de cumprir com as metas da troika, mas tem também de trabalhar melhor na comunicação dos esforços de ajustamento e das reformas em curso.

“Temos de trabalhar na percepção externa do nosso programa, de forma a criarmos condições para o investimento e o crescimento”, afirmou o braço-direito de Pedro Passos Coelho, na conferência “Portugal: Ameaça ou Oportunidade?”, organizada pela Cunha Vaz & Associados, que decorreu hoje em Lisboa.

Carlos Moedas salientou que tanto o Governo como todos os portugueses têm de trabalhar de forma mais intensa, não só na execução do programa da troika, mas na comunicação internacional do mesmo, salientando o impacto negativo que uma “percepção errada da realidade” pode provocar.

O secretário de Estado adjunto de Passos Coelho lembrou que, no actual contexto de turbulência nos mercados, “os investidores estão menos disponíveis para análises profundas e ponderadas e para visões menos subtis”. E salientou que, em certas situações, os mercados estão mesmo a partir do princípio que Portugal está pior do que realmente está.

“Que saudades dos tempos antes da crise, em que a percepção da crise se resolvia à volta do debate sobre a marca Portugal”, recordou Carlos Moedas, dizendo que, na altura, “o campo de batalha eram as feiras e as campanhas publicitárias”. “Agora, o nosso alvo são analistas e investidores e batalhamos todos os dias no terminal da Bloomberg”, salientou, referindo-se a um dos terminais onde é negociada a dívida pública portuguesa, no chamado mercado secundário.

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