Programa da troika só funciona se ajudar Portugal a crescer, diz Vítor Gaspar

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Vítor Gaspar diz que Portugal tem "um enorme consenso" sobre o programa de reformas a implementar Nuno Ferreira Santos/Arquivo

O programa a que Portugal se comprometeu para receber a ajuda financeira de emergência só terá resultado se colocar o país a crescer e, para tal, as reformas estruturais são essenciais, disse hoje o ministro das Finanças português.

“O programa só poderá resultar se houver crescimento, e isso só pode ser feito com as reformas estruturais definidas no programa” que Portugal assinou com a troika, afirmou Vítor Gaspar, numa intervenção durante uma mesa redonda da reunião anual do FMI e do Banco Mundial sobre a “definição de um caminho de crescimento para a zona euro”.

Vítor Gaspar, que falava num debate onde participam entre outros, Olli Rehn, da Comissão Europeia, e o investidor George Soros, lembrou também que a maioria dos portugueses apoia o programa de reformas a que Portugal se comprometeu, citando os resultados das eleições legislativas de Junho passado.

“Só os partidos mais à esquerda é que não subscreveram o programa, 80% dos votos foram para os partidos que subscreveram o programa, que receberam 85% dos lugares no Parlamento”, afirmou.

“Temos um enorme consenso sobre o programa” de reformas e “sobre um tema vital do programa, que é a redução da despesa”, acrescentou o ministro, citando uma estatística pan-europeia.

O ministro português considerou ainda que a expansão da despesa pública no seguimento da crise de 2008 foi “insustentável, de curto prazo e tornou o pedido de assistência inevitável”.

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