Peritos dizem que mortalidade das aves é caso raro mas não apocalíptico

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A poluição ou as alterações climáticas podem agravar os factores de stress sobre a vida selvagem Foto: Yannis Behrakis/Reuters

As “chuvas” de aves nos Estados Unidos e na Suécia são exemplos surreais do tipo de mortalidades massivas de animais, como o arrojamento de baleias, mas têm causas anormais, não apocalípticas, explicam os peritos.

Tempestade, granizo ou trovoadas podem matar as aves. Tornados ou trombas de água afectam mortalmente pequenos peixes ou anfíbios e arrastam-nos por grandes distâncias. Causas humanas - como os fogos-de-artifício, linhas de electricidade ou colisões com camiões - podem explicar outras tantas mortes da vida selvagem.

O Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnua) defende que é preciso mais investigação sobre estas mortalidades. “A ciência tenta explicar estas coisas. Estes são exemplos das surpresas que a natureza ainda nos dá”, comentou Nick Nuttall, porta-voz do Pnua, com sede em Nairobi, no Quénia. Mas “é preciso investigar mais”.

As modernas ameaças, como a poluição ou as alterações climáticas, podem agravar os factores de stress sobre a vida selvagem.

Os acontecimentos de Beebe, no Arkansas, e no Lousiana ou na Suécia “são um exemplo clássico da coincidência de fenómenos muito estranhos”, comentou Petter Boeckman, zoólogo do Museu de História Natural norueguês. O responsável lembrou que a mortalidade das aves é algo que já tem acontecido mas normalmente passa desapercebido no mar ou em áreas rurais longe das cidades. Muitas aves estão fracas e morrem durante o Inverno, quando o alimento escasseia.

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