Há um outro vírus a infectar a Europa

O que sabemos hoje é que o que há de comum a todas as formas de anti-semitismo e de xenofobia é o mesmo vírus do nacionalismo, que regressou à Europa para cumprir a profecia de Mitterrand e de Kohl: “O nacionalismo é a guerra.”

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1. Preocupados que estamos, e com razão, com o coronavírus, menos atenção teremos prestado a um outro vírus que se dissemina na Europa e que foi particularmente notório durante o Carnaval, talvez porque as pessoas se sintam mais à vontade para tirar a máscara e revelar-se tal como são. Na Bélgica, esse país que vive há nove meses sem governo, a cidade de Aalst (Flandres) resolveu reincidir numa estranha demonstração de anti-semitismo, escolhendo como figura principal do desfile de Carnaval a caricatura do velho usurário judeu, de longas barbas e nariz adunco, suportada por um corpo de insecto. Reincidiu porque, no ano passado, ao escolher o mesmo tema para as suas famosas festas de Carnaval, cuja tradição remonta ao século XV, viu a UNESCO suspender a classificação de Património Cultural Imaterial da Humanidade atribuída à cidade. 

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