Depois da ONU, é a vez de os EUA aplicarem mais sanções à Coreia do Norte

Dois conselheiros norte-coreanos foram sancionados pelo ministério das Finanças de Washington, ficando impedidos de fazer transacções e gerir quaisquer bens que tenham nos EUA.

Foto
Ri Pyong-chol, um dos sancionados, (ao centro) durante um teste missilístico KCNA KCNA

Depois de as Nações Unidas terem aplicado sanções contra a Coreia do Norte na sexta-feira passada, os Estados Unidos sancionaram agora dois conselheiros norte-coreanos (Ri Pyong-chol e Kim Jong-sik) por serem “figuras-chave” no desenvolvimento do programa de mísseis nucleares do regime de Pyongyang, noticia a BBC. Os dois homens fazem também parte de uma lista de 16 norte-coreanos que ficaram sujeitos a sanções por parte das Nações Unidas, anunciadas na sexta-feira.

Os dois homens são frequentemente fotografados junto de Kim Jong-un (sobretudo em lançamentos de mísseis) e pensa-se que sejam dois dos principais conselheiros do líder norte-coreano, numa altura em que a nação tem testado mísseis cada vez mais sofisticados que, segundo dizem os analistas, tem capacidade para alcançar o território continental norte-americano. Com estas novas sanções, os dois homens – que terão sido seleccionados por Kim Jong-un e gozam de elevados níveis de popularidade junto do líder, segundo uma investigação da Reuters – ficam impedidos de fazer quaisquer transacções nos Estados Unidos.

Já na sexta-feira o Conselho de Segurança da ONU tinha imposto, de forma unânime, novas sanções à Coreia do Norte após aquele que foi mais um teste missil balístico levado a cabo no final de Novembro. Em resposta a essas sanções aplicadas (que incluem uma limitação das importações de produtos de petróleo e nas exportações de equipamento eléctrico, por exemplo), a Coreia do Norte diz que se trata de um “acto de guerra”, equivalentes a um bloqueio económico do país.

“A Coreia do Norte procurará negociar com os Estados Unidos, enquanto continuará os seus esforços para ser reconhecido como um país de facto detentor de armas nucleares”, disse o ministro sul-coreano da Unificação num comunicado, sem apresentar razões para as suas conclusões. Já o ministro da Defesa sul-coreano referiu que iria destacar quatro unidades para supervisionar as políticas da Coreia do Norte, de forma a “impedir e responder à ameaça nuclear da Coreia do Norte”.

A Coreia do Norte tem causado uma escalada de tensões a nível internacional devido ao seu programa de mísseis e nuclear, que decorre há anos com a oposição do Conselho de Segurança das Nações Unidas e das principais potências internacionais. Os diplomatas norte-americanos deram a entender que têm vindo a procurar uma solução diplomática, mas o Presidente, Donald Trump, já referiu em ocasiões anteriores que as negociações com Kim Jong-un são inúteis e disse que a Coreia do Norte enfrentará “o fogo e a fúria” se voltar a ameaçar os Estados Unidos.

Num comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial do regime de Pyongyang, a KCNA, é dito que os Estados Unidos se sentem intimidados pela força nuclear da Coreia do Norte, o que faz com que apliquem sanções cada vez mais duras.

Tanto a China como a Rússia apoiaram as sanções aplicadas pelas Nações Unidas, que pretendem limitar o acesso da Coreia do Norte a produtos relacionados com petróleo. A China é o país que mais fornece petróleo à Coreia do Norte mas, no último mês, não exportou combustíveis para a nação liderada Kim Jong-un. 

Sugerir correcção
Comentar