Exame de Matemática do 9.º ano foi “acessível”, dizem alunos

Bicho papão? Nem por isso. Em Queluz, os alunos e professores da Escola Padre Alberto Neto saíram aliviados.

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Alunos e professores consideram o exame adequado ao que se fez em aula Rita França (arquivo)

O bicho papão do exame de Matemática, que assusta muitos alunos, desta vez não se confirmou. Para os alunos do 9.º ano da Escola Secundária Padre Alberto Neto, em Queluz, a prova realizada na manhã desta terça-feira “não foi difícil”. Para os professores, correspondeu aos exercícios que se fizeram ao longo do ano.

“Achei o exame mais acessível do que o do ano passado”, diz Miguel Santos. O aluno tem quatro a Matemática e quer seguir a área de Economia no ensino secundário. “Correu-me bem, só achei mais complicado o exercício 11, que envolvia funções.” Já o seu amigo Duarte Picasso acha que o exercício 10 foi o mais difícil, pois envolvia potências e quadrados perfeitos, algo em que não está tanto à vontade. Duarte também teve quatro a Matemática e espera manter a nota. Para isso, assim que terminou as aulas, dividiu o seu estudo entre Português e Matemática. Nos últimos dias, aplicou-se só à última disciplina. “Valeu o esforço. Até correu bem”, conta.

A professora Ana Isidoro vai ter com um grupo de alunas assim que o exame termina. “Então, como correu?” A resposta é afirmativa — até nem foi difícil. Também a professora diz que o exame “está acessível e corresponde ao que deu em aula” e até há exercícios muito parecidos com os dos anos anteriores, como o da função de proporcionalidade inversa. A preparação para o exame faz-se durante todo o ano, assim que as aulas começam. No final, revê-se tudo e a escola disponibiliza aulas de apoio só dedicadas à prova.

De acordo com a professora, esta manhã, entre 150 e 180 alunos realizaram ali a prova de Matemática. Numa escola em que a média do exame foi de 2,12 em 2015, a professora revela que há uma “grande” discrepância entre as notas dos alunos.

"Estava à espera que fosse mais difícil”

Larissa Vieira teve dois a Matemática, foi a sua única negativa este ano. “Tirando o caderno em que não podíamos usar a calculadora, até foi fácil”, afirma. O exame de Matemática é dividido em dois cadernos: o primeiro com exercícios com calculadora, que dura 35 minutos e tem dez minutos de tolerância; e um segundo em que não se pode usar calculadora e dura 55 minutos, com mais 20 minutos de tolerância. 

Para Leonel Monteiro, também o caderno dois foi o mais complicado — faltava a calculadora. Mas o aluno saiu animado do exame. “Para quem não gosta de Matemática não foi difícil”, admite. Sabe que, para o ano, vai encontrar-se novamente com a disciplina, quando iniciar geometria na área de Artes, mas até essa foi a parte que lhe correu melhor no exame.

Gabriela Abrantes vem com um enunciado na mão e um sorriso na cara. “Correu melhor do que pensava. Estava à espera que fosse mais difícil”, conta. Preparou-se com tempo e, além dos exercícios nas aulas, foi treinando em casa. Só achou os exercícios com funções mais complicados, com uma questão múltipla no primeiro caderno e uma de desenvolvimento no segundo. Diz que Matemática não é seu forte, e até vai seguir Línguas e Humanidades, mas, para ela, “este exame até esteve ao mesmo nível da prova de Português”.

 

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