Museu de Arte Antiga bateu recorde de visitantes em 2014 com 221 mil entradas

Exposições temporárias ajudam a justificar o crescimento. Entre os estrangeiros, são os franceses os que mais privilegiam o MNAA, seguidos dos espanhóis e dos japoneses.

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Rubens, Brueghel, Lorrain. A Paisagem Nórdica do Museu do Prado, uma das exposições mais visitadas Nuno Ferreira Santos

O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, ultrapassou em 2014 os 221 mil visitantes, o maior número de sempre, revelou nesta terça-feira à Lusa fonte do departamento de comunicação daquela entidade.

De acordo com a mesma fonte, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro do ano passado, um total de 221.668 pessoas visitaram o MNAA, representando um aumento de 60% face a 2013, quando contabilizou 138.297 visitantes, número também superior aos 119.951 de 2012.

A Secretaria de Estado da Cultura (SEC) ainda não revelou o balanço de 2014 das estatísticas dos visitantes dos monumentos, palácios e museus na sua tutela, mas, em 2013, o Museu Nacional dos Coches mantinha a liderança, com 189.015 visitantes.

Em meados de Outubro, quando a SEC anunciou as estatísticas dos visitantes relativos ao primeiro semestre de 2014 (de Janeiro a Junho), o MNAA registava 143 mil visitantes, a instituição com a maior variação positiva face ao mesmo período de 2013, com um aumento de 123%.

No final de Outubro do ano passado, o MNAA já tinha atingido as 200 mil entradas, representando um recorde na história do museu.

No ano passado, o MNAA fez várias exposições temporárias, algumas em parceria com produtoras privadas como a Everything is New e, actualmente a UAU, como Rubens, Brueghel, Lorrain. A Paisagem Nórdica do Museu do Prado, Os Saboias. Reis e Mecenas (Turim, 1730-1750) e FMR. A Colecção Franco Maria Ricci, que se mantém até Abril deste ano.

Outra exposição muito visitada foi Esplendores do Oriente. Jóias de Ouro da Antiga Goa, por várias vezes prolongada. Actualmente está patente, até ao próximo domingo, Splendor et Gloria. Cinco Jóias Setecentistas de Excepção.

Questionada pela Lusa sobre as entradas de estrangeiros, a mesma fonte indicou que a identificação por nacionalidade é apenas feita para a exposição permanente, e os franceses foram os que mais visitaram o MNAA (10.386).

Provenientes da Espanha entraram 2.774 visitantes, do Japão 2.037, de Itália 1.519, dos Estados Unidos 892 e, de outros países, 28.438.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante colecção pública de arte antiga do país: pintura, escultura e artes decorativas, portuguesas e europeias, e da Expansão Marítima Portuguesa, com exemplares que vão da Idade Média ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.

Além dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, o acervo integra, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I, datada de 1506, e Biombos Namban, do final do século XVI, que registam a presença dos portugueses no Japão.

Grão Vasco, Gregório Lopes, Cristóvão de Morais, Sebastião Rodrigues, Josefa D'Óbidos e Domingos António de Sequeira são alguns dos pintores portugueses patentes no MNAA.

Piero della Francesca, Hans Holbein, o Velho, Pieter Bruegel, o Jovem, Lucas Cranach, Albrecht Dürer, Jan Steen, Pieter de Hooch, Anthony van Dyck, Bartolomé Esteban Murillo, José de Ribera, Nicolas Poussin, Giovanni Battista Tiepolo, Francisco de Zurbarán e Jheronymus Bosch são alguns dos mestres europeus representados na colecção do MNAA.

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