Ministro brasileiro admite revisão das condições de fusão da PT com a Oi

Paulo Bernardo diz que incumprimento da Rioforte desvaloriza operadora portuguesa

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BES liderou ganhos na bolsa de Lisboa Sara Matos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) e outros accionistas da operadora Oi poderão pedir uma revisão dos termos de fusão com a Portugal Telecom se a Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo, não pagar o empréstimo de 847 milhões de euros que lhe foi concedido pela empresa liderada por Henrique Granadeiro.

O ministro das Comunicações brasileiro, Paulo Bernardo, em declarações à agência Reuters Brasil, referiu que “se o dinheiro voltar, tudo certo, se não voltar, [é] evidente que o BNDES e os accionistas vão querer discutir a operação de fusão e a composição accionista, porque isso, com certeza, esvaziou um dos sócios de forma expressiva".

O responsável afirma, no entanto, que a fusão não está em risco.

O papel comercial adquirido pela Portugal Telecom vence esta terça-feira (847 milhões de euros) e na próxima quinta-feira (50 milhões). A revelação deste crédito por parte da PT, que tem no BES um accionista de referência e é ela própria accionista do banco, gerou forte polémica e conduziu à demissão de dois gestores brasileiros da administração da operadora. Em bolsa, a Portugal Telecom perdeu mais de 35% do seu valor desde que o negócio caiu no conhecimento publico e hoje está a perder mais de 1,5%.

Os termos iniciais da fusão da PT com a Oi previam que a parte portuguesa ficasse com mais de 35% da nova companhia mas, na semana passada, chegou a ventilar-se a ideia de que um incumprimento da Rioforte poderia fazer baixar esse patamar para próximo dos 20%.


 

  

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