Portugal com maior aumento de emprego da zona euro no terceiro trimestre de 2014

Dados da OCDE mostram quarto aumento consecutivo do emprego no espaço da moeda única.

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A taxa de desemprego, medida pelo INE, aumentou para 13,9% em Novembro FERNANDO VELUDO/ NFACTOS

Portugal foi o país da zona euro que registou o maior acréscimo da taxa de emprego no terceiro trimestre do ano passado, ao aumentar 0,6 pontos percentuais para 63%, segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgados nesta segunda-feira.

A taxa de emprego na zona euro registou o quarto aumento consecutivo no terceiro trimestre de 2014, tendo aumentado 0,1 pontos percentuais, para 64%, no terceiro trimestre.

Depois de Portugal, os maiores acréscimos da taxa de emprego no espaço da moeda única registaram-se na Grécia (mais 0,5 pontos para 49,7%), Irlanda (mais 0,5 pontos para 61,9%), República Eslovaca (mais 0,3 pontos para 61,0%) e Alemanha (mais 0,3 pontos para 74%).

No caso de Portugal, dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) que abrangem já os meses de Outubro e Novembro mostram, porém, que o emprego está a diminuir. Em Agosto, o INE contabilizava 4,459 milhões de pessoas empregadas, número que viria a baixar para 4,456 milhões em Setembro, para 4,434 milhões em Outubro e novamente para 4,431 milhões no mês seguinte. Em Novembro, a taxa de emprego a situava-se em 56,5% da população activa.

Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego voltou a aumentar em Outubro e Novembro. A estimativa do INE de desemprego oficial foi de 696,3 pessoas em Outubro (mais 12,1 mil do que no mês anterior) e para 713,7 mil em Novembro. Com esta subida, a taxa de desemprego subiu para 13,6% e, depois, para 13,9%.

Em relação ao conjunto dos países da OCDE, a taxa de emprego estimada por esta organização aumentou 0,1 pontos percentuais para 65,7% no terceiro trimestre de 2014, mais 0,5 pontos do que um ano antes, mas menos 0,8 pontos do que o nível registado no segundo trimestre de 2008.

A taxa de emprego também subiu no Japão (0,2 pontos para 72,8%, a décima subida consecutiva), no Reino Unido (mais 0,1 pontos para 72%, sexto aumento consecutivo), nos Estados Unidos (mais 0,1 pontos para 68,2%, o nível mais elevado desde o primeiro trimestre de 2009) e no Canadá (mais 0,1 pontos para 72,3%, depois de dois trimestres a cair).

Comparado com o segundo trimestre de 2014, a taxa de emprego da zona OCDE para os jovens, com idades entre os 15 e 24 anos, manteve-se estável em 39,7% no terceiro trimestre, depois de dois trimestres a subir.

Em contrapartida, a taxa de emprego na OCDE para os trabalhadores com idades entre os 24 e 54 anos aumentou 0,1 pontos percentuais para 76%, bem como para os trabalhadores com idades entre os 55 e 64 anos, mais 0,2 pontos percentuais para 57,5%.

A taxa de emprego na zona OCDE para os homens subiu mais do que para as mulheres, já que aumentou 0,2 pontos para 73,7%, enquanto a das mulheres subiu 0,1 pontos para 57,9%.

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