Ao longo de 2013, os maiores bancos da Europa fecharam ou venderam 5300 balcões, numa altura em que os clientes usam cada vez mais os serviços de banca online em detrimento do atendimento presencial.

O número foi calculado pela agência Reuters, com base em informação disponibilizada por 26 dos 30 maiores bancos da Europa. Os restantes quatro não quiseram revelar esta informação.

A redução mais drástica aconteceu em Espanha, onde a banca está a cortar custos, na sequência do rebentar de uma bolha imobiliária e depois de o país ter pedido um resgate financeiro para o sector bancário que rondou os 41.000 milhões de euros e terminou em Janeiro.

Só o Bankia, um conglomerado de bancos regionais criado em 2010, encerrou no ano passado 1100 balcões, correspondentes a 37% da rede. Os restantes bancos espanhóis na lista analisada pela Reuters (Santander, CaixaBank, BBVA and Banco Popular Espanhol) prescindiram de 1774 agências. Uma parte desta redução aconteceu com a venda de sucursais no estrangeiro, mas a maioria dos cortes foram no mercado espanhol.

Em Portugal, houve também vários encerramentos. O Banif anunciou recentemente o fecho de 60 balcões até ao final deste ano e o despedimento de 300 pessoas. No final do ano passado, o BPI fechou 21 balcões. E, ao longo do ano passado, a Caixa Geral de Depósitos encerrou 60 agências.

De acordo com a firma de consultoria Bain & Company, cerca de 60% das agências bancárias na Europa vão fechar até 2020. “É apenas o começo do encerramento de agências”, disse à Reuters o analista da Bain & Company Dirk Vater, responsável pela área de retalho da banca. “Sou consultor bancário há mais de 20 anos. Pela primeira vez, estamos a ver mudanças profundas."

De acordo com o Banco Central Europeu, no final de 2012 havia 218 mil balcões na Europa.