Estado vende BPN Crédito por 36 milhões de euros

Ministério das Finanças diz que operação minimiza os custos que teria para o Estado a liquidação da sociedade.

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BPN vai regressar ao Parlamento AFP

O Estado português assinou, esta sexta-feira, o contrato de venda da BPN Crédito, uma das unidades financeiras que caíram na esfera pública com a nacionalização o banco, em 2008. O valor da alienação é de 36 milhões de euros.

Segundo um comunicado do Ministério das Finanças, o comprador da BPN Crédito é a Firmus Investimentos SGPS, uma sociedade cujos últimos beneficiários são a britânica CS Capital Partners e a portuguesa Eurofun. A primeira é uma gestora de fundos de private equity, que tem sede em Londres, e a segunda é uma companhia portuguesa "com experiência na gestão e reestruturação de ativos bancários e de empresas de serviços financeiros em diversos mercados."

Ainda dependente das autorizações administrativas próprias de processos como este, a alienação da empresa constitui, segundo o ministério, "uma alternativa à liquidação da BPN Crédito, que implicaria a perda de todos os postos de trabalho". A Firmus garante a manutenção de "um número significativo" de empregos. 

A operação permite, ainda, "minimizar os custos para o Estado, estimados em aproximadamente 62,9 milhões de euros, face à alternativa de liquidação da sociedade, cujos custos se estimaram ser de 114 a 139 milhões de euros, tendo como referência o valor a Novembro de 2013."

A BPN Crédito integrava o universo da Parparticipadas, sociedade que é detida directamente pelo Estado através da Direcção-geral do Tesouro e Finanças. O Banco Efisa fez a assessoria financeira da operação, enquanto a Macedo Vitorino & Associados foi responsável pela parte jurídica.

O Governo recorda que o processo de alienação da BPN Crédito teve início em Janeiro de 2012 mediante convite dirigido a 31 entidades selecionadas para analisarem a transação, tendo quatro apresentado proposta.

 

  



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