CTT recusam negociar aumentos salariais

Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) critica “intransigência” da empresa e vai “discutir medidas” de luta.

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Pedro Cunha

A administração dos CTT reuniu com os sindicatos nesta sexta-feira e voltou a recusar negociar aumentos salariais.

A segunda reunião de conciliação sobre o tema da revisão salarial realizou-se no Ministério do Trabalho, Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) e nela “os CTT mantiveram a sua firme recusa em negociar aumentos salariais”, segundo uma nota divulgada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT).

“O SNTCT vai agora “reunir com os trabalhadores para discutir e aprovar as medidas a adoptar para lutar contra a intransigência” da administração dos CTT, refere a nota.

Na reunião desta manhã estiveram “presentes a maioria dos Sindicatos e os CTT”, informa o SNTCT, que diz ter mantido a sua posição de "exigir aumentos salariais" tendo em conta o resultado líquido obtido pela empresa em 2013, de 60 milhões de euros, e o facto de os trabalhadores não serem aumentados desde 2010.

Frisando que os CTT vão distribuir a quase totalidade dos lucros aos accionistas, o SNTCT argumenta ainda que o número de trabalhadores da empresa diminuiu e, consequentemente, também as despesas com pessoal.

O SNTCT defende que os trabalhadores dos CTT foram prejudicados durante mais de quatro anos devido ao congelamento de vencimentos, aumento de impostos e cortes nos subsídios e que "por isso está na altura de exigir aumentos salariais".

Na semana passada, na apresentação dos resultados de 2013, o presidente executivo dos CTT, Francisco Lacerda, reafirmou que a empresa repôs os salários aos seus colaboradores – que tinham sofrido cortes de remuneração idênticos aos dos trabalhadores da Função Pública – assim que a empresa foi privatizada, em Dezembro.

Na falta de acordo quanto a aumentos, a DGERT deu por encerrado o processo de conciliação e o SNTCT informou da intenção de pedir a ”passagem do processo à fase de mediação”.


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