China terá "poder de veto" no novo Banco Asiático de Investimento

A China é o maior contribuidor da nova instituição e terá cerca de 30% dos votos. Portugal é um dos países fundadores.

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O iuan está a depreciar-se face ao dólar Foto: Petar Kujundzic/ Reuters (arquivo)

A China acabará por ter "poder de veto" sobre as decisões importantes do novo Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas (BAII), noticia esta terça-feira o Wall Street Journal. O BAII, que ficará sedeado na capital chinesa, tem 57 membros, mas os Estados Unidos e Japão – a maior e terceira maior economia mundiais, respectivamente – não participam.

O jornal norte-americano citou fontes próximas do processo, segundo as quais a estrutura de votação do banco vai dar à China "vantagem" enquanto maior accionista, através do poder de veto.

De acordo com os estatutos do BAII, a China está a fornecer quase 30 mil milhões de dólares dos 100 mil milhões de dólares de capital base do banco, o que concede a Pequim 25% a 30% do total dos votos, refere o jornal citado pela AFP.

O novo banco, que deverá estar operacional no final do ano, foi visto por alguns como um rival do Banco Mundial e Banco Asiático de Desenvolvimento.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou no final de Abril que não se opunha à ideia de um banco regional de desenvolvimento, criado por iniciativa da China, insistindo porém na necessária “transparência” do organismo.

O BAII, de que Portugal é um dos países fundadores, deve contribuir para financiar em toda a Ásia trabalhos de infra-estruturas, sector onde os investimentos fazem muita falta, mas também está a ser visto como contrapeso ao controlo exercido pelos EUA sobre os bancos Mundial e Asiático de Desenvolvimento.

 

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