Prémio espanhol destaca uso do azulejo em Casa no Príncipe Real

A dupla de arquitectos do atelier Camarim fez uma abordagem contemporânea do azulejo no centro histórico de Lisboa.

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O prédio na Rua da Palmeira, a poucos metros do Jardim do Príncipe Real em Lisboa Nelson Garrido
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Patrícia Ferreira de Sousa e Vasco Matias Correia, ambos de 36 anos Nelson Garrido
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O corpo de azulejo com baixo-relevo Nelson Garrido
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As portadas em alumínio perfurado e lacado do último piso Nelson Garrido
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As portadas fechadas vistas do interior Nelson Garrido
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O Prémio Ascer de Arquitectura 2014, dado pela Associação Espanhola de Fabricantes de Azulejos e Pavimentos de Cerâmica, foi atribuído à dupla de arquitectos portugueses do atelier Camarim Arquitectos pelo projecto de uma casa na zona do Príncipe Real, em Lisboa.

O júri, presidido pelo arquitecto Emilio Tuñón, fundador do atelier Mansilla+Tuñón, destacou “a brilhante interpretação da utilização da cerâmica no centro histórico de Lisboa”.

O prémio Ascer, no valor de 17 mil euros, quer promover o uso dos pavimentos e revestimentos cerâmicos fabricados em Espanha e, segundo os arquitectos premiados, foi atribuído pela primeira vez a uma obra portuguesa.

O júri diz que a moradia, desenvolvida em cinco andares na Rua da Palmeira, “apresenta-se à rua como um plano de cerâmica tradicional reinterpretada com diferentes texturas”. A fachada do projecto da dupla Vasco Matias Correia e Patrícia Ferreira de Sousa, ambos de 36 anos, organiza-se em três momentos, que correspondem ao azulejo liso do piso térreo, ao azulejo com baixo-relevo dos dois pisos intermédios e ao alumínio perfurado e lacado das portadas do último piso. As portadas de correr, permeáveis à luz, “são como um plano de azulejos”, explica Vasco Matias Correia, variando o efeito conforme estão abertas ou fechadas.

Os azulejos verde água deste projecto que começou a ser desenhado em 2007 foram feitos em Espanha, a partir de um trabalho sobre o azulejo original da casa. “O revestimento da fachada resulta de uma abordagem contemporânea ao azulejo do edifício anterior, que estava em avançado estado de degradação. Definimos um conjunto de regras para transformar o motivo decorativo do azulejo original num padrão abstracto”, explicam os dois arquitectos na memória descritiva deste projecto, cuja obra terminou no ano passado.

Vasco Matias Correia acrescenta que as “várias camadas decorativas” se relacionam com os ritmos das fachadas dos outros prédios da Rua da Palmeira. No interior, a casa, que se ergue num terreno de 40 metros quadrados, liga todos os pisos através de um átrio banhado por luz natural.

Além de Emilio Tuñón, os jurados incluíam Martha Thorne, directora executiva do Prémio Pritzker, e Fernando Márquez Cecilia, director da revista de arquitectura El Croquis. O Prémio Ascer de Interiorismo, também no valor de 17 mil euros, foi dado à recuperação do claustro del Palau-Castell de Betxi, do atelier El Fabricante de Espheras.

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