Aberto processo para classificação da Ponte 25 de Abril

Classificação poderá acontecer a tempo dos 50 anos da Ponte 25 de Abril.

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O Director-geral do Património Cultural determinou a abertura do procedimento para a classificação da Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa a Almada, segundo um anúncio esta quarta-feira publicado em Diário da República.

No documento, Nuno Vassallo e Silva indicou que por proposta do Departamento dos Bens Culturais da sua direcção-geral foi determinada a “abertura do procedimento de classificação da Ponte 25 de Abril”, que se estende entre a freguesia de Alcântara (Lisboa) e a União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas.

De acordo com a documentação disponível no site da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), o processo de classificação data de finais de 2013 quando a então directora-geral do Património, Isabel Cordeiro, concordou com o desenvolvimento da proposta de classificação da ponte, cujo comprimento total é de 3222,75 metros. As duas torres atingem 190 metros de altura e o tabuleiro encontra-se a 70 metros acima do nível da água.

No processo agora a ser analisado pela DGPC, a Ponte 25 de Abril é considerada uma das “obras de engenharia civil mais marcantes de Lisboa e, certamente, de Portugal”. Destacando-se os valores singular, urbanístico, simbólico, artístico/estético, de engenharia e histórico.

Inaugurada com pompa e circunstância em 1966 pelo regime de Salazar, que deu nome à estrutura até à revolução de 25 de Abril de 1974, a ponte veio unir pela primeira vez em Lisboa as duas margens do Tejo e mais tarde, em 1999, pela linha do comboio. 

O empreendimento era uma ideia antiga e muitos projectos foram pensados para ali. Mas foi em Dezembro de 1960, que foi criado, na dependência do Ministro das Obras Públicas, o Gabinete da Ponte sobre o Tejo, dirigido pelo Engenheiro José Estevam Abranches Couceiro do Canto Moniz, na altura director dos Serviços de Conservação da Junta Autónoma de Estradas. Em Março de 1960 abriu-se concurso internacional para a execução da obra, tendo esta sido adjudicada à United States Steel Export Company em Maio de 1962.

Os 50 anos da ponte são celebrados no próximo ano a 6 de Agosto.

Entre os momentos que marcaram a história da ponte, destacam-se os protestos do dia 24 de Junho de 1994, durante o Governo de Cavaco Silva, quando dezenas de camionistas bloquearam a travessia contra o aumento das portagens, destinado a custear a construção da Vasco da Gama.

O despacho inclui a ponte em vias de classificação e os imóveis localizados na zona geral de protecção, numa distância de 50 metros a partir dos limites externos.

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