PCP pede esclarecimentos sobre a situação dos Artistas Unidos
Para os deputados comunistas da Assembleia Municipal de Lisboa, o fim do contrato dos Artistas Unidos com a Universidade de Lisboa pode ditar o fim de "uma das referências culturais da cidade".
Os deputados do PCP na Assembleia Municipal de Lisboa querem saber que medidas irá a câmara tomar para que a companhia teatral Artistas Unidos não fique sem uma residência, depois de terminado o contrato com a Universidade de Lisboa. Num requerimento dirigido à vereadora da Cultura na Câmara de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, os deputados comunistas perguntam ainda que diligências foram ecfetuadas junto da Universidade de Lisboa para apurar o fim daquele contrato.
Para o PCP, o fim do contrato põe "fim a um percurso de três anos em que a companhia transformou um espaço abandonado numa das referências culturais da cidade".
Afirmando que o contrato terá terminado por "atraso nos pagamentos do valor de arrendamento", os deputados lembram que a companhia "efectuou obras de reabilitação e reparação, valorizando substancialmente" o teatro.
No requerimento, os deputados comunistas lembram ainda que a vereadora da Cultura afirmou recentemente que "a falta de espaços culturais e de residências para companhias é um problema prioritário a que a câmara estaria a dar toda a atenção no sentido da sua resolução".
Em Agosto foi lançada a petição online Em defesa do projecto cultural dos Artistas Unidos - no seguimento de uma carta aberta publicada pelo PÚBLICO - que apela ao reitor da Universidade de Lisboa para não dar por terminado o contrato com esta companhia, para utilização do Teatro da Politécnica.
"Seria importante que Universidade de Lisboa tratasse a companhia como um verdadeiro parceiro, não desistindo tão facilmente de um espaço de cultura e de cidadania, não limitando as actividades, que vão muito para além da produção teatral própria dos Artistas Unidos, e evitando a asfixia de um projecto com múltiplas valências que o tornam indispensável na cultura portuguesa", lê-se no texto, já assinado por mais de 3.000 pessoas, entre actores, produtores, encenadores, ensaístas, escritores, e catedráticos.