PCP pede esclarecimentos sobre a situação dos Artistas Unidos

Para os deputados comunistas da Assembleia Municipal de Lisboa, o fim do contrato dos Artistas Unidos com a Universidade de Lisboa pode ditar o fim de "uma das referências culturais da cidade".

Foto
Os Artistas Unidos estão no Teatro da Politécnica desde Outubro de 2011 Rui Gaudêncio

Os deputados do PCP na Assembleia Municipal de Lisboa querem saber que medidas irá a câmara tomar para que a companhia teatral Artistas Unidos não fique sem uma residência, depois de terminado o contrato com a Universidade de Lisboa. Num requerimento dirigido à vereadora da Cultura na Câmara de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, os deputados comunistas perguntam ainda que diligências foram ecfetuadas junto da Universidade de Lisboa para apurar o fim daquele contrato.

Para o PCP, o fim do contrato põe "fim a um percurso de três anos em que a companhia transformou um espaço abandonado numa das referências culturais da cidade".

Afirmando que o contrato terá terminado por "atraso nos pagamentos do valor de arrendamento", os deputados lembram que a companhia "efectuou obras de reabilitação e reparação, valorizando substancialmente" o teatro.

No requerimento, os deputados comunistas lembram ainda que a vereadora da Cultura afirmou recentemente que "a falta de espaços culturais e de residências para companhias é um problema prioritário a que a câmara estaria a dar toda a atenção no sentido da sua resolução".

Em Agosto foi lançada a petição online Em defesa do projecto cultural dos Artistas Unidos - no seguimento de uma carta aberta publicada pelo PÚBLICO - que apela ao reitor da Universidade de Lisboa para não dar por terminado o contrato com esta companhia, para utilização do Teatro da Politécnica.

"Seria importante que Universidade de Lisboa tratasse a companhia como um verdadeiro parceiro, não desistindo tão facilmente de um espaço de cultura e de cidadania, não limitando as actividades, que vão muito para além da produção teatral própria dos Artistas Unidos, e evitando a asfixia de um projecto com múltiplas valências que o tornam indispensável na cultura portuguesa", lê-se no texto, já assinado por mais de 3.000 pessoas, entre actores, produtores, encenadores, ensaístas, escritores, e catedráticos.

Sugerir correcção
Comentar