Irra que a libra...

Falo em nome de todos aqueles que compram coisas vindas do bendito Reino Unido.

Em Março do ano passado estávamos em Londres. 100 libras não custavam, mesmo nas barracas mais suspeitas, mais de 120 euros. Agora custam 138 euros. É um aumento de 18 euros num só ano: 1,50 euros por cada mês de crescente e regular humilhação e sofrimento.

Falo em nome de todos aqueles que compram coisas vindas do bendito Reino Unido. Nunca poderei falar com a violência necessária porque tenho idade para me lembrar da libra livreira que tornava um livro que custava o equivalente a 20 euros contemporâneos em 30. Habituei-me a pagar 150 euros por 100 libras e, por isso, o meu pânico não é representativo.

Representativo é o pânico dos encomendadores muito mais novos que em 2008 chegaram perto de pagar 100 euros por 100 libras das mais esterlinas. Bons tempos.

Tudo isto envolve, sobretudo, a Amazon.uk que, apesar de continuar a ser útil num número cada vez mais pequeno de artigos de consumo, é cada vez mais demorada, aldrabona e insensível às queixas.

Um exemplo escandaloso: finjo que quero comprar 5 exemplares do livro Great Paintings porque custam 19,99 libras cada um. 100 libras davam há um ano 120 euros. Na Amazon 99,95 euros custam 173,14 euros. Apre!

É uma roubalheira. 99,95 libras são apenas o sub-total. O total é 105,95 libras e as despesas de correios são mais 15,31 libras. Tudo somado são 121,65 libras. Convertido em euros dá 173,14.

Conforme o câmbio real daria, na mais gananciosa das hipóteses, 168 euros. Ladrões!

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