Antes de Rui Carvalho nos surgir de guitarra clássica nas mãos para extrair, assinando Filho da Mãe, novos sons e novas tensões da guitarra clássica, conhecíamo-lo, por exemplo, como guitarrista dos catárticos e explosivos If Lucy Fell. Quanto a Ricardo Martins, baterista de ataque irrepreensível, descobrimo-lo nos Lobster, nome justamente celebrado e acarinhado no rock exploratório português da última década. Ouvimo-lo depois, entre uma série de outras actividades, no projecto NOZ², ao lado Bernardo Palmeirim, ou nos Papaya que partilha com Bráulio Amado e Óscar Silva (Jibóia).

Agora, Ricardo Martins continua a atacar a bateria com a ferocidade que lhes conhecemos, e Filho da Mãe regressa à guitarra eléctrica. Juntos são, precisamente, Filho da Mãe + Ricardo Martins (não há que inventar). Até ao final do ano, haverá álbum do duo, da responsabilidade da jovem Revolve, editora independente vimaranense. Por agora, temos um primeiro aperitivo do que será servido mais tarde. O nome do tema é Tormenta e o baptismo é adequado.