A exposição de Joana Vasconcelos realizada em 2012 no Palácio de Versalhes é a primeira das cinco mais visitadas em Paris nos últimos 50 anos, com 1,6 milhões de entradas, segundo o jornal Le Figaro.

Num artigo publicado esta semana na edição online do jornal – o título é La Folie des Expos (A Loucura das Exposições, em tradução livre) –, o jornal diz que a mostra da artista portuguesa foi mais vista do que a exposição sobre o faraó Tutankamon, realizada no Petit Palais em 1967 (1,2 milhões de visitantes) e do que a mostra da Coleção Barnes no Museu D'Orsay, em 1993 (1,15 milhões). Em quarto lugar na lista está a exposição dedicada ao pintor Claude Monet, no Grand Pallais, em 2011 (cerca de 913 mil visitantes) e, em quinto lugar, a mostra dedicada a Dali pelo Centro Georges Pompidou em 1979 (840 mil visitantes).

No artigo do Figaro destaca-se também que, no espaço de seis anos, as exposições realizadas em Paris mais do que duplicaram. E que o público tem procurado sobretudo exposições monográficas de grandes nomes da arte, como Matisse, Dali e Hopper, sendo que a arte contemporânea e a fotografia são outros dos interesses crescentes.

Entre 18 de Junho e 30 de Setembro de 2012, a exposição de Joana Vasconcelos em Versalhes reuniu 15 obras. Foi visitada por 1.679.000 pessoas, segundo os dados divulgados na altura pelo palácio. Joana Vasconcelos, nascida em Paris em 1971, foi a primeira mulher e a mais jovem artista a expor naquele espaço, onde já antes se tinham realizado mostras de arte contemporânea, nomeadamente dedicadas a Jeff Koons (906.559 visitantes) e ao japonês Takashi Murakami (922.379 pessoas).

Nas várias salas do palácio estiveram, entre outras peças, os gigantes sapatos femininos intitulados Marilyn (2011), feitos a partir de tachos portugueses, e as obras Coração Independente Vermelho (2005) e Coração Independente Negro (2006), feitas com talheres de plástico.

Joana Vasconcelos vive e trabalha em Lisboa. Em 2010, mostrou no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, a sua primeira exposição antológica, intitulada Sem Rede, com 37 obras – foi visitada por 167 mil pessoas em dois meses e meio.

Joana Vasconcelos vai ser a representante oficial portuguesa na Bienal Internacional de Arte de Veneza 2013, num projecto comissariado por Miguel Amado.

 

Notícia corrigida às 18h39: corrigida a idade da artista