Pobres Criaturas, Aniki Bóbó e outros filmes para ver esta semana

O Ípsilon e o Cinecartaz trazem-lhe mais cinco sugestões de cinema para os próximos dias.

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Pobres Criaturas
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The Kill Room - Arte Fatal
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Os Delinquentes
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Anselm - O Som do Tempo
,Trabalho no Rio Douro
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Aniki Bóbó
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Uma comédia negra baseada no livro Poor Things: Episodes from the Early Life of Archibald McCandless M.D., Scottish Public Health Officer, escrito em 1992 pelo escocês Alasdair Grey (1934-2019).

Narra a história de Bella Baxter, uma espécie de versão feminina do monstro de Frankenstein que, numa Londres da época vitoriana, é ressuscitada pelo brilhante cirurgião inglês Godwin Baxter, que, para a manter viva, substituiu o cérebro dela pelo da criança que ela trazia na barriga.

Apesar de o seu corpo adulto conter a mente de um bebé, Bella tem tal sede de aprender que progride de um modo extraordinariamente rápido. E, quando se torna já uma rapariga desejosa de conhecer o mundo, resolve fugir com Duncan Wedderburn, um advogado de carácter duvidoso, com quem irá conhecer novas paragens e viver grandes aventuras.

Mas, numa época marcada por preconceitos, moralismos e desigualdades em todas as suas formas, Bella revela-se, acima de qualquer outra coisa, um espírito livre.

Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, Pobres Criaturas tem argumento do australiano Tony McNamara e realização do grego Yorgos Lanthimos, também autor de Canino (2009), melhor filme no Leffest; A Lagosta (2016), Prémio do Júri em Cannes; e A Favorita (2018), Leão de Prata em Veneza.

Nomeado para sete Globos de Ouro, arrecadou dois: melhor filme musical ou comédia e melhor actriz (Emma Stone) na mesma categoria. Para os Critics Choice Awards teve 13 nomeações, com Stone novamente a merecer o prémio de representação. Para os Óscares, aparece nomeado em 11 categorias, entre elas a de melhor filme, realizador, argumento adaptado, actriz (mais uma vez Stone) e actor secundário (Mark Ruffalo).

Além de Stone (na quarta parceria com Lanthimos) e Ruffalo, o elenco conta com Mark Ruffalo, Willem Dafoe, Jerrod Carmichael, Ramy Youssef, Christopher Abbott, Margaret Qualley, Kathryn Hunter, Suzy Bemba, Wayne Brett e a participação da portuguesa Carminho.

Críticas, salas e horários

Patrice (Uma Thurman), uma comerciante de arte à beira da ruína, é abordada por Gordon (Samuel L. Jackson), chefe de um gangue de criminosos, para um esquema de lavagem de dinheiro. A ideia é usar a galeria dela para expor quadros que possam justificar as centenas de milhares de dólares que ele e os seus associados fazem com o crime. Apesar de inicialmente relutante e bastante atemorizada com a ideia, ela concorda.

Reggie (Joe Manganiello), um dos colaboradores de Gordon, fica encarregue de produzir os quadros, Patrice de os vender e Gordon de controlar o negócio e fazer circular o dinheiro. O que eles não contavam era que Reggie tivesse escondido dentro de si um verdadeiro dom e que os pretensos rabiscos que ele criava à pressa se viriam a tornar uma grande sensação do panorama artístico. Isto, claro, não vai agradar absolutamente nada a Gordon, que queria um negócio discreto e que se vê enredado no negócio do momento.

Escrito por Jonathan Jacobson e realizado por Nicol Paone (Jantarada de Amigos), uma comédia de acção que conta ainda com Maya Hawke (filha de Thurman, que conhecemos em Stranger Things), Debi Mazar e Dree Hemingway.

Críticas, salas e horários

Empenhado em dar um novo rumo à sua vida e nunca mais trabalhar, Morán (Daniel Elías) cria um plano arriscado: roubar 650 mil dólares dos cofres do banco onde trabalha, confessar, cumprir pena e depois usufruir calmamente do resultado do assalto. Para tornar o projecto viável, só tem de encontrar um cúmplice que aceite guardar o dinheiro durante os anos em que estiver detido.

Para isso, convence o seu amigo Román (Esteban Bigliardi) a alinhar no esquema, mantendo-se o mais discreto possível para que, no fim, possam dividir os lucros. Tudo parece correr como o esperado até Román conhecer Norma (Margarita Molfino), por quem se apaixona.

Em exibição no Festival de Cinema de Cannes, Toronto, San Sebastián, Nova Iorque e também no português Leffest – onde arrecadou o Grande Prémio do Júri João Bénard da Costa –, uma comédia negra realizada e escrita pelo argentino Rodrigo Moreno.

Críticas, salas e horários

Uma das duas longas-metragens assinadas pelo veterano alemão Wim Wenders em 2023 (a outra foi Dias Perfeitos, de ficção), este documentário centra-se na obra de Anselm Kiefer, o importante pintor e escultor seu compatriota que lida com temas complicados e pouco explorados do passado da Alemanha no trabalho que tem vindo a desenvolver desde o início da década de 1970.

O realizador mergulha profundamente no universo de Kiefer, mostrando-nos, em 3D, o artista a falar e a trabalhar, bem como o seu estúdio e a sua obra, além de imagens de arquivo.

Críticas, salas e horários

Em 1942, Manoel de Oliveira ​realizou Aniki-Bóbó — a sua primeira experiência na longa-metragem, quase uma década depois de Douro, Faina Fluvial —, onde misturou realismo poético com cinema documental e que mais tarde se veio a afirmar como uma obra pioneira do neo-realismo.

Vinte anos depois, contrariando tudo o que tinha sido dito e escrito na altura da estreia, o filme fez sensação nos Encontros Internacionais do Filme para a Juventude do Festival de Cinema de Cannes.

Uma das mais memoráveis obras de Oliveira, tem por base o conto Meninos Milionários, de João Rodrigues de Freitas (1908-1976), e retrata as aventuras e os amores de um grupo de crianças muito pobres que deambulam entre o Porto e Gaia, com especial foco no Carlitos (Horácio Silva) e no Eduardo (António Santos), ambos apaixonados pela Teresinha (Fernanda Matos), a única rapariga do grupo.

Sábado, dia 27 de Janeiro, às 15h, na Cinemateca Portuguesa

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