Tarde para la Ira, uma primeira obra, melhor filme em Espanha
Maior número de prémios Goya – nove – foi para Un Monstruo Viene a Verme, de Juan Antonio Bayona.
Tarde para la Ira, primeira obra de Raúl Arévalo, e Un Monstruo Viene a Verme, terceira longa-metragem do catalão Juan Antonio Bayona, foram os principais vencedores dos prémios Goya, atribuídos este sábado à noite em Madrid.
O filme de Raúl Arévalo arrecadou o prémio de melhor filme, mas também os de melhor actor secundário (Manolo Solo), melhor realizador revelação (Arévalo) e melhor argumento original (David Pulido e Raúl Arévalo).
Já Un Monstruo Viene a Verme foi a produção mais premiada, com nove estatuetas que representam a cabeça do grande pintor espanhol, Francisco Goya: melhor realizador, melhor música original (Fernando Velázquez), melhor direcção de produção (Sandra Hermida Muñiz), melhor fotografia (Óscar Faura), melhor montagem (Bernat Vilaplana e Jaume Martí)), melhor direcção artística (Eugenio Caballero), melhor maquilhagem (Marese Langan e David Martí), melhor som (Peter Glossop, Oriol Tarragó e Marc Orts) e melhores efeitos especiais (Pau Costa e Félix Bergés).
Juan Antonio Bayona, avança o jornal El País, está de partida para Hollywood, onde vai realizar a sequela de Jurassic World, com estreia já anunciada para Junho de 2018.
Na cerimónia de sábado à noite, na capital espanhola, o prémio de melhor actor foi para Roberto Álamo, no filme policial Que Dios nos Perdone, de Rodrigo Sorogoyen. E Emma Suárez arrecadou logo dois prémios de interpretação (algo que não acontecia nos Goya desde Verónica Forqué, em 1987): melhor actriz em Julieta, de Pedro Almodóvar (que vai ser o presidente do júri do próximo Festival de Cannes); e melhor actriz secundária em La Próxima Piel, de Isa Campo e Isaki Lacuesta.
Já os prémios para os actores revelação foram para Carlos Santos, em El Hombre de las Mil Caras, de Alberto Rodríguez, e Anna Castillo, em El Olivo, de Iciar Bollain.
Mariano Cohn e Gastón Duprat foram os realizadores do melhor filme ibero-americano, El Ciudadano Ilustre, co-produção hispano-argentina, e Elle, de Paul Verhoeven (com Isabelle Hupert como protagonista), o melhor filme europeu. O melhor documentário foi Frágil Equilibrio, de Guillermo García López, que aborda o tema bem actual da imigração.
Estas foram as principais distinções da 31.ª cerimónia dos Goya, que ficou também marcada pela reivindicação de maior apoio do Governo ao cinema espanhol e também de uma maior presença das mulheres na indústria cinematográfica do país.