Carrinho de compras autónomo feito em Portugal vai chegar a França

Follow Inspiration está na Web Summit à procura de investidores e a mostrar o protótipo mais recente: um carrinho de café que segue o utilizador

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Nuno Ferreira Santos
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Na Web Summit não é preciso procurar café, o café vai segui-lo. A Follow Inspiration, empresa portuguesa do Fundão, criou seis robots (os Follow Qoffee Qar) que a Delta Q levou para o evento com a intenção de mostrar que a tecnologia faz parte da empresa. Estes carrinhos de café seguem, literalmente, a pessoa que previamente identificaram. Andam atrás do utilizador, parando quando este pára.

"Com este robot conseguimos ter um ponto de degustação móvel em qualquer circunstância", conta Rui Miguel Nabeiro, administrador da Delta Q.

Luís de Matos, fundador da Follow Inspiration, revela que a tecnologia usada é a mesma que está a ser testada nos supermercados com o Wiigo, um carrinho de compras que segue o cliente pelos corredores e ajuda, sobretudo, quem tem mobilidade reduzida. O fundador da Follow Inspiration, nascida no seio da Universidade da Beira Interior, não gosta do termo robot para descrever os carros autónomos e está na Web Summit para captar o interesse dos investidores. Para já já reuniu com três.

"Como temos os carrinhos espalhados pelo evento, há quem venha ter connosco. Agora é estreitar a ligação que se fez aqui", conta ao PÚBLICO.

Registada em 2012, a empresa tem investimento da TIC Risco e da Portugal Ventures (valores não divulgados) e já fez testes pilotos nos hipermercados Continente, Jumbo e Media Market. O feedback foi "fantástico", garante Luís de Matos que criou o equipamento por sentir, pessoalmente, essa necessidade.

Esta semana, a Follow Inspiration chegou ao Intermarché em França e ao grupo Auchan também naquele país.

Cada protótipo custa 10 mil euros a produzir e Luís de Matos espera ganhar escala para consegue reduzir os custos de produção (totalmente feita em Portugal). A empresa, com 15 trabalhadores, está na fase de investimento e espera atingir o break even dentro de dois a três anos.

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