Compras não foram motivadas por incêndios deste ano

Muitos dos bens só vão estar no terreno depois da época de incêndios

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PAULO CUNHA/LUSA

O facto de este ser já o pior ano em área ardida dos últimos dez (quase 214 mil hectares ardidos até 31 de Agosto) nada tem a ver com o disparo dos gastos com contratos para bombeiros nos meses de Junho, Julho e Agosto. Os processos de aquisição de bens começam, na melhor das hipóteses, três meses antes da assinatura dos contratos.

Todo o processo envolve a emissão da deliberação da associação de bombeiros para adquirir um bem, a publicação do concurso público, a elaboração da minuta, a análise se o contrato necessita de ajustes e só depois é celebrado o contrato final.

Por outro lado, uma grande parte dos bens adquiridos, especialmente as viaturas, nem foi usada nos combates aos incêndios deste Verão, já que a maior parte dos contratos tem prazos de entrega que variam entre os 120 e os 180 dias. Ora, se um contrato tiver sido feito em Junho com um prazo de entrega de 120 dias, o equipamento só estará disponível em Setembro.

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