Luís Filipe Castro Mendes reconheceu esta terça-feira ao PÚBLICO ter sido surpreendido com o convite feito pelo primeiro-ministro para o lugar de ministro da Cultura.

Embora sempre muito cauteloso pelo facto de ainda estar a desempenhar o cargo de embaixador de Portugal junto do Conselho da Europa, em Estrasburgo, - onde é o anfitrião do Presidente da República, que discursa nesta quarta-feira no parlamento Europeu - Castro Mendes disse, em conversa informal, que o desafio é grande, tanto mais que admite que o orçamento para o sector é reduzido. Mas sublinha que isso não é um exclusivo do sector, antes uma realidade do país.

Questionado sobre se a escolha de Miguel Honrado para seu secretário de Estado foi sua, o novo ministro afirmou que sim, que foi sua escolha pessoal.

Numa breve declaração aos jornalistas, o ainda embaixador justificou assim o facto de ter aceitado o convite de António Costa: “Eu sou um diplomata mas sou acima de tudo um funcionário público, e é na perspectiva de servidor do Estado – e porque estou de acordo com o programa de Governo e com as metas que o primeiro-ministro se propôs – que pretendo responder ao desafio que me foi feito”. A diplomacia é precisa para tudo. Questionado sobre se a Cultura precisa de diplomacia, foi suave: “A diplomacia é precisa para tudo”.