155 concelhos em estado de calamidade preventiva durante três dias

Reforçada vigilância durante a noite com dois aviões da Força Aérea. Primeiro-ministro diz que estão a ser reforçados meios militares e da GNR para prevenção e dissuasão.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

O primeiro-ministro clarificou esta sexta-feira que 155 concelhos, sobretudo do Centro e do Norte interior, serão abrangidos pelo estado de calamidade, de modo preventivo, até à meia-noite de segunda-feira. Com esta decisão, estará também proibido o uso de fogo de artifício e serão reforçados os meios de prevenção e detecção de incêndios.

António Costa, no final da reunião desta manhã com as forças de segurança e de protecção civil, garantiu que com este despacho de estado de calamidade preventiva há 155 concelhos que estão sob vigilância mais apertada devido ao "risco acrescido de incêndio" que se vai fazer sentir nos próximos dias devido ao aumento das temperaturas, baixa da humidade e manutenção do vento. 

Assim, tanto as forças armadas como a GNR aumentarão os meios de prevenção nos próximos dias. "As Forças Armadas aumentarão, de 40 para 140 equipas de vigilância e haverá dois meios aéreos de vigilância no período nocturno", disse o primeiro-ministro. Também a PSP e o Ministério da Agricultura colaborarão, disponibilizando condutores e meios móveis adaptados ao terreno, respectivamente.

Isto porque, de acordo com os dados de António Costa, "40% dos incêndios têm surgido em vários dias durante o período nocturno" e esta mobilização dos aviões da Força Aérea permitirá uma "detecção precoce de focos de calor" e também de "movimentações suspeitas". Esta maior prevenção, garantiu, premitirá uma "actuação mais pronta na prevenção da criminalidade associada a este tipo de incêndios".

Já a GNR "aumentará o número de equipas de vigilância e dissuasão mais 150 equipas ao longo dos próximos três dias".

Com esta decisão, o Governo garante ainda que responde a um apelo da Liga dos Bombeiros, ao dar aos bombeiros voluntários, que trabalhem quer no público quer no privado, dois dia de descanso por cada dia de combate.

No final das declarações aos jornalistas, António Costa apelou ainda às populações para alertarem as autoridades sempre que tiverem suspeitas de incêndio e deixou alguns conselhos, nomeadamente que evitem comportamentos de risco e que se protejam. 

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