PS quer “excelente resultado” e IL eleger pelo menos dois deputados nas eleições na Madeira

PS, Iniciativa Liberal, Partido da Terra e ADN falaram esta segunda-feira sobre os objectivos a atingir nas eleições regionais na Madeira. Os madeirenses vão a votos no dia 24 de Setembro.

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As eleições legislativas regionais da Madeira estão marcadas para o dia 24 de Setembro Nuno Ferreira Santos

A pouco mais de um mês das eleições legislativas na Madeira, os partidos definem os objectivos que querem alcançar. O PS diz apenas que quer obter um "excelente resultado", enquanto a Iniciativa Liberal (IL) e o MPT definem como objectivo eleger pelo menos dois deputados. O ADN não fala em números, mas deixa claro que recusa formar coligações para governar (posição também adoptada pelo MPT).

O cabeça de lista do PS às eleições legislativas na Madeira, Sérgio Gonçalves, disse esta segunda-feira que o partido "está mobilizado" e pretende obter um "excelente resultado", vincando ser o único capaz de "concretizar a mudança" no arquipélago."Os madeirenses terão de fazer uma escolha entre aqueles que querem reduzir impostos ou os que querem manter o actual estado de coisas", disse o candidato.

O objectivo dos socialistas é construir "uma Madeira de oportunidades, que não veja os seus jovens emigrarem por falta de emprego ou baixos salários".

Já Nuno Morna, que encabeça a lista da IL, anunciou que o partido tem um objectivo muito concreto: eleger pelo menos dois deputados. Mas um "mau resultado" é mesmo não conseguir representação parlamentar, acrescentou. Questionado sobre se a IL está disponível para formar uma coligação PSD/CDS-PP, o candidato respondeu que o partido se comprometeu a estabelecer "uma coligação e um acordo com os madeirenses".

"Vamos viabilizar tudo aquilo que seja de acordo com os nossos princípios, que não tenha a ver com mais Estado na vida das pessoas, que não tenha a ver com aumento de impostos e taxas e "taxinhas", que não tenha a ver com a intervenção de outros naquilo que é a qualificação de cada um", realçou.

À semelhança dos liberais, também o MPT (Partido da Terra) quer eleger pelo menos dois deputados. O cabeça de lista, Valter Rodrigues, acrescentou que o partido se vai focar na luta contra a corrupção e apresentar medidas na área da habitação e saúde.

No que toca a coligações, o MPT é claro: só fará coligações "com a população". "A nossa lista vai demonstrar que nós podemos fazer. Se há um problema, nós temos a solução para esse problema. Nós não estamos aqui para olhar para mais quatro anos a vermos partidos a dizerem que são eficientes na parte de oposição. Nós não vemos isso", disse.

Quem também não fará coligações é a Alternativa Democrática Nacional (ADN). O cabeça de lista do partido, Miguel Pita, rejeitou essa hipótese, argumentando que "o voto no ADN é um voto útil... Aquele voto que não vai ser, depois, coligado. Se é para fazer coligação pós-eleitoral, é melhor então não ir a eleições".

O ADN tem como objectivo ser uma "voz activa" na defesa das pessoas no Parlamento regional, defendendo assim "as pessoas, as crianças e os jovens", disse o candidato. No fundo, o ADN quer garantir "a defesa dos direitos dos cidadãos conforme estão previstos na Constituição" e proteger os menores, que estão a ser afectados pela "ideologia de género nas escolas".

As candidaturas para as eleições regionais da Madeira têm de ser entregues no tribunal até esta segunda-feira, estando marcadas para o dia 24 de Setembro.

Nas eleições regionais de 22 de Setembro de 2019, o PSD perdeu a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, que detinha desde 1976, e formou um Governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). Nesse acto eleitoral, o PS elegeu 19 deputados, o JPP (Juntos Pelo Povo) três e o PCP um.

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