Dr. Montenegro, sim ou não?

O que ficou evidente nesta entrevista é que a direita portuguesa encabeçada por Luís Montenegro continua a não se demarcar de forma incontestável da extrema-direita.

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Esta semana, no Telejornal da RTP, a pergunta foi simples. A resposta queria-se transparente. Sim ou não. O PSD de Luís Montenegro contará ou não com o apoio do partido de extrema-direita, Chega, para governar? No entanto, Montenegro não soube responder. Apesar das múltiplas tentativas do jornalista João Adelino Faria, preferiu desviar o assunto para um imaturo “e o Costa?”. João Adelino Faria insistiu, “sim ou não?”; Montenegro persistiu “e o Costa?”. João Adelino Faria voltou a insistir: “Não está a responder à minha pergunta, sim ou não?” Montenegro não responde, apesar de afirmar estar a responder “com toda a clareza”. O que ficou evidente nesta entrevista é que a direita portuguesa encabeçada por Luís Montenegro continua a não se demarcar de forma incontestável da extrema-direita. Como já não o tinha feito quando decidiu manter o seu apoio, em Loures, ao candidato André Ventura, apesar do seu discurso racista, contrariamente ao CDS, que decidiu retirar o seu apoio, ou quando escolheu a candidata Suzana Garcia, ou ainda quando fez acordos com o Chega nos Açores e normalizou temáticas caras à extrema-direita, como a “subsidiodependência”.

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