Marcelo considera que “o primeiro-ministro tem muito peso na Europa”

Presidente da República terminou uma visita a Estrasburgo em que as eleições europeias de 2024 foram uma questão central.

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Presidente da República falou esta quarta-feira no plenário do Parlamento Europeu, em Estrasburgo EPA/JULIEN WARNAND
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Com as eleições europeias de 2024 como pano de fundo, o Presidente da República considerou que as autoridades portuguesas, incluindo o primeiro-ministro, têm “muito peso a nível europeu”. Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final da sua visita de um dia ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

“As autoridades portuguesas (não falo do Presidente da República) por exemplo, o Governo, têm muito peso a nível europeu. Quer o primeiro-ministro quer o secretário de Estado dos Assuntos Europeus [Tiago Antunes], quer a nossa representação, em termos da embaixada, têm muito peso”, afirmou, depois de questionado sobre se António Costa pode ser um dos nomes em cima da mesa para um cargo europeu.

Sobre esta pergunta em concreto, o Presidente fez alguns segundos de silêncio e respondeu: “Não me vou pronunciar sobre essa matéria, é do foro interno, disse o que pensava há muito tempo.” Marcelo referia-se ao aviso que deixou na tomada de posse do Governo, em Março de 2022, quando acenou com legislativas antecipadas se o primeiro-ministro saísse a meio da legislatura para um cargo em Bruxelas.

Depois de já ter falado na sessão plenária da manhã desta quarta-feira em Estrasburgo e de ter dado uma conferência de imprensa ao lado da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, o Presidente da República disponibilizou-se a falar à comunicação social, de novo, antes de viajar para Lisboa.

Os jornalistas começaram por questionar Marcelo Rebelo de Sousa sobre se considera que algum político português tem possibilidades de vir a ocupar um cargo europeu. O Presidente considerou ser ainda “prematuro” antever a composição do próximo Parlamento Europeu, mas admitiu que essa questão “atravessa o pensamento” dos parlamentares.

“É saber se na sequência das eleições, uma coisa são as sondagens, outra é o resultado, se altera muito a composição do Parlamento [Europeu], e se é aconselhável manter lideranças actuais ou fazer a mudança”, disse, referindo que o “peso dos vários grupos – o Partido Popular Europeu, o socialista, o liberal e dos outros grupos – pode ser igual ou subir.”

No entanto, Marcelo reconheceu que a questão “começa a ser pensada” pelos países logo com a “indicação dos comissários” e depois em função do resultado das eleições. E apontou o “começo de Setembro” do próximo ano como a data que ouviu para a eleição do presidente da Comissão Europeia. “É um processo muito importante que vai decorrer no ano que vem”, concluiu.

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