Biden aprova projecto petrolífero controverso no Alasca

Os trabalhos de perfuração estão projectados para uma zona considerada das mais ricas e menos exploradas dos Estados Unidos.

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Uma plataforma de perfuração de petróleo na Baía de Prudhoe, Alasca Lucas Jackson/REUTERS

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou esta segunda-feira um polémico projecto de extracção de petróleo do Alasca, conhecido como "Willow", uma decisão fortemente criticada por grupos ecologistas.

A aprovação consta de uma publicação online do Departamento do Interior, com detalhes do projecto, que será liderado pelo grupo petrolífero ConocoPhillips.

O projecto estará localizado na Reserva Nacional de Petróleo do Alasca, em terras públicas do governo federal, a cerca de 200 milhas do Círculo Polar Árctico, naquele que é considerado um dos lugares mais ricos em biodiversidade e um dos menos explorados dos Estados Unidos.

Por agora, a administração Biden só permitirá que a ConocoPhillips comece a extrair petróleo em três zonas, apesar de a empresa ter pedido para iniciar trabalhos de perfuração em outros dois pontos, o que para já foi adiado, segundo a informação divulgada.

De acordo com a ConocoPhillips, o projecto pode levar à produção de 180.000 barris de petróleo por dia quando estiver em plena capacidade, vai criar 250.000 postos de trabalho na fase de construção e outros 300 empregos permanentes quando estiver em funcionamento.

Dezenas de grupos ambientalistas, como o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC), já criticaram a decisão de Biden, alegando que não respeita as promessas de redução de gases de efeito de estufa e de promoção de energias limpas.

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