Professores apelam aos sindicatos que se unam nos protestos

Vãrios filiados nos sindicatos da Fenprof, e não só, estão entre os subscritores do abaixo-assinado pela união.

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Greves dos professores continuam a fechar escolas LUSA/PAULO NOVAIS

Com diferentes acções de protesto marcadas por vários sindicatos a aproximarem-se, um grupo de cerca de 50 professores lançou nesta terça-feira um abaixo-assinado a apelar à unidade na acção, que já conta com mais de 700 assinaturas. “Nós, professores e educadores, sindicalizados ou não, estamos convictos que tudo nos une e pouco nos separa. Acreditamos que é hora de todas as organizações sindicais convergirem e se unirem nas lutas, pois juntos seremos sempre muito mais fortes”, proclama-se no texto que entre os subscritores conta com vários docentes filiados em estruturas sindicais, com destaque para os sindicatos dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) e dos Professores do Norte (SPN), filiados na Fenprof.

Mais concretamente, os subscritores pedem para que se associem nas manifestações de 14 de Janeiro, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), e de 11 de Fevereiro, organizada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) e por sete sindicatos independentes, “a partir daí, na organização de acções ainda mais fortes, que deixem bem claro que a classe docente, unida, é imparável nos combates pela qualidade da educação”.

Tanto o Stop, como a Fenprof, já tinham apelado também à “convergência” na acção. O Stop já indicou que estará presente na manifestação de Fevereiro, a Fenprof não indicou qual a sua posição quanto à marcha do próximo sábado.

A partir de segunda-feira, começam as greves distrito a distrito convocadas pela Fenprof e os seus parceiros neste protesto, ao mesmo tempo que deverão continuar as paralisações convocadas pelo Stop, que desde 9 de Dezembro têm tido um forte impacto nas escolas. Que se intensificou nestas primeiras semanas de Janeiro com a greve ao primeiro tempo lectivo de cada professor, convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que a partir do dia 16 de juntará às greves distrito a distrito.

Carta Aberta pela Escola Pública

Um grupo de profissionais de diferentes áreas publicou, entretanto, uma Carta Aberta pela Escola Pública, onde se anuncia que estarão presentes na manifestação do próximo sábado.

“Temos consciência de que não existe boa escola pública sem segurança e qualidade de trabalho dos professores e, por isso, dia 14 marchamos ao seu lado, ao lado dos professores e funcionários das escolas”, escreve-se na carta publicada no jornal Nascer do Sol e que é subscrita, entre outros, pelo geólogo António Galopim de Carvalho, pelo advogado Garcia Pereira, o compositor Pinho Vargas, pela historiadora Raquel Varela e pelos sindicatos dos Trabalhadores do Sector Automóvel (STASA) e dos Trabalhadores dos Call Centers (STCC).

Os subscritores testemunham ainda que não toleram “assistir ao pagamento obsceno de gestores da res publica ao mesmo tempo que se paga vergonhosamente mal aos professores, uma profissão essencial”, frisando que no dia 14 estarão a lutar “por um país que invista na riqueza social, na democracia, na qualidade de vida, com salários decentes”.

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