Logo no início das manifestações golpistas em Brasília, a actriz Regina Duarte partilhou um vídeo no qual exaltava o agora ex-presidente, Jair Bolsonaro Nele, mostra uma passagem do político pelos Estados Unidos e o carinho que recebeu dos seus apoiantes. "Se continuar desse jeito, Bolsonaro vai acabar sendo presidente dos EUA, e a gente é que perde", dizia a legenda da publicação do Instagram.
Regina ainda escreveu ser preciso calma. "Ele pode ter parecido maluco, mas sempre lutou pelas quatro linhas. A Constituição o deterá. Sempre", emendou.
Muita gente resolveu criticar a publicação de Regina, que aconteceu praticamente à mesma hora em que entravam os golpistas na Esplanada dos Ministérios, invadiam o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), espalhando actos de vandalismo em Brasília e entrando em confronto com a Polícia Militar.
"Você não pode estar falando sério, Regina! Apoiar vandalismo é o mesmo que se juntar a eles. Destruir património público é crime. Que vergonha por você", publicou o perfil de Márcia Elizei.
"Credo, defendendo a violência? O que está escrito na nossa bandeira? Ordem. Como querer um Brasil melhor com todo esse vandalismo?", escreveu o perfil Marli_libras. Já as primeiras mensagens da publicação eram de apoiantes do ex-presidente que demonstravam devoção a ele.
Ao contrário de Regina, outros artistas manifestaram-se contra as invasões. Nas redes sociais, artistas como Marcelo D2, Silva, Bruno Gagliasso, Cleo, Ingrid Guimarães, Lucas Silveira e Rennan da Penha manifestaram indignação em relação aos actos. Outras celebridades, como Gil do Vigor e Felipe Neto, também se posicionaram
Já o podcaster Monark resolveu dizer que sente simpatia pelas pessoas que vandalizaram o local, assim como o actor Victor Fasano publicou uma imagem nas suas redes sociais com a qual se mostrou favorável aos actos golpistas, em Brasília. Nela, é possível ver uma pessoa segurando a porta arrancada do gabinete do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Exclusivo PÚBLICO/Folha de S.Paulo
Nota: o PÚBLICO respeitou a composição do texto original, com excepção de algumas palavras ou expressões não usadas em português de Portugal.
