Chega insiste na demissão da ministra da Coesão após “novos factos”

O Página Um noticia esta sexta-feira que era sócio do marido da ministra numa das empresas que recebeu fundos comunitários um empresário condenado por corrupção activa no processo dos vistos gold.

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André Ventura insiste na demissão da ministra da Coesão Rui Gaudencio

O Chega insistiu esta sexta-feira que a ministra da Coesão Territorial “não tem condições de continuar” no cargo, após “novos factos” que “aumentam a nebulosidade” sobre a atribuição de fundos a empresas do marido de Ana Abrunhosa.

Num vídeo divulgado aos jornalistas, o presidente do Chega indica que “tomou hoje conhecimento de novos factos relativos à senhora ministra da Coesão Territorial que, a par da situação de grande conflito ético que já existia, de um marido a receber fundos de uma área tutelada pela ministra, esse mesmo marido da senhora ministra da Coesão esteve associado à obtenção desses fundos a um condenado por corrupção num conhecido processo judicial português”.

“Já tínhamos dúvidas legais, já tínhamos certezas éticas, agora o Chega tem também certezas políticas. A senhora ministra da Coesão não tem condições de continuar a ser ministra”, defende André Ventura, considerando que a “continuidade da ministra da Coesão vai ser apenas mais desgaste para o Governo, menos credibilidade para as instituições e menos ética dentro do Governo”.

O jornal digital Página Um noticiou na quinta-feira que era sócio do marido da ministra numa das empresas que recebeu fundos comunitários um empresário condenado por corrupção activa no processo dos vistos gold.

A mesma publicação indica que uma das empresas apoiadas por fundos comunitários tem como sócio (com uma percentagem de capital de 20%) Zhu Xiadong um empresário chinês condenado em Junho de 2020 pelo Tribunal da Relação de Lisboa a três anos e cinco meses de prisão, com pena suspensa, por corrupção activa.

Em causa está a Thermalvet, uma empresa constituída a 15 de Outubro de 2020, e que recebeu apoio de fundos comunitários num valor de 133 mil euros, em 2021. Esta empresa é uma das que está no centro da polémica que esta semana envolveu a ministra da Coesão Ana Abrunhosa, pelo facto de governante tutelar entidades que atribuem fundos comunitários, e que beneficiaram a empresa do marido da ministra.

Num comunicado do partido que acompanha o vídeo, o Chega considera que “estes factos aumentam a nebulosidade do contexto em que esses fundos foram obtidos e reforçam o carácter anti-ético dos procedimentos em causa”.

Notícia alterada com referência ao facto de a notícia sobre a sociedade em causa ter sido avançada pelo Página Um e não pelo Expresso

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