Angola: um certo medo, alguma esperança

Espera-se que as eleições sejam justas e transparentes e que Angola consiga inverter o chocante contraste entre as suas riquezas naturais e a miséria que afecta milhões de pessoas.

Num salutar momento de consenso e de preocupação com o futuro de Angola, representantes dos vários partidos que participam na eleição do próximo dia 24 juntaram-se num estádio de futebol para orar “pela nação para uma vida tranquila”. Quando João Lourenço foi eleito e se anunciou ao país como paladino de uma cruzada contra o saque dos recursos nacionais que se seguiu a décadas de guerra colonial e de guerra civil, acreditou-se que Angola poderia estar a começar uma nova era. Puro engano: a crise do mercado das matérias-primas agravou as terríveis condições de vida da maioria dos angolanos; e, depois das palavras esperançosas de Lourenço, Angola andou muito pouco para construir um estado transparente e democrático.

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