Prejuízo trimestral da Easyjet diminui para 135 milhões

Custos com perturbações das operações em Junho atingiram 157 milhões de euros. Empresa transportou sete vezes mais passageiros face a igual período de 2021.

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Easyjet vai poder operar novas rotas a partir de Lisboa, em Outubro Paul Hanna

A Easyjet anunciou esta terça-feira que registou prejuízos de 114 milhões de libras (135 milhões de euros ao câmbio actual) no seu terceiro trimestre fiscal, terminado em Junho, período em que transportou 22 milhões de passageiros.

Trata-se de um número de passageiros que é sete vezes superior ao alcançado no mesmo período de 2021 e que corresponde a 87% da capacidade verificada no ano fiscal de 2019, informou a empresa sediada em Luton, Reino Unido, que recentemente ganhou as 18 faixas horárias de descolagem e aterragem de que a TAP teve de se desfazer no aeroporto de Lisboa.

O prejuízo entre Abril e Junho foi menor do que o registado no trimestre homólogo, que atingiu 318 milhões de libras (375 milhões de euros).

A low cost britânica explica em comunicado que os resultados incluem impactos de 133 milhões de libras (157 milhões de euros) associados à disrupção das operações que se tem verificado no pós-pandemia.

A Easyjet destaca que “a aceleração sem precedentes da actividade”, conjugada com as limitações em termos de mão-de-obra depois dos cortes de pessoal durante a pandemia de covid-19 “resultaram em desafios operacionais generalizados, que culminaram com níveis de cancelamento [de voos] acima do normal”.

Apesar destas circunstâncias, a companhia “operou 95% dos voos planeados para o terceiro trimestre”, num total de 140 mil, e garante que “as operações melhoraram muito” em Julho. Citado no comunicado, o presidente executivo da Easyjet, Johan Lundgren, sublinhou que “cumprir com os clientes no Verão é prioritário” e que a “operação normalizou”, graças às medidas de reforço de capacidade.

Mais de 70% dos passageiros afectados foram transferidos para voos alternativos num espaço de 24 horas, afirma a empresa, que espera que os custos associados às perturbações fiquem limitados a este Verão e que já haja maior resiliência “de todas as partes” para períodos de pico em 2023.

O lucro operacional bruto (excluindo custos de aluguer de aviões) foi de 103 milhões de libras (122 milhões de euros), que comparam com os 313 milhões de libras (370 milhões de euros) que havia registado em idêntico período de 2021.

As receitas totais da empresa aumentaram para 1,75 mil milhões de libras (dois mil milhões de euros), que comparam com 213 milhões de libras (251 milhões de euros) no período homólogo, enquanto as receitas de passageiros passaram de 152 milhões de libras (179 milhões de euros) para 1,15 mil milhões (1,4 mil milhões de euros).

A transportadora, que diz ter uma das dívidas mais baixas do sector a nível europeu, de 200 milhões de libras (236 milhões de euros) no final de Junho, destaca o facto de ter conquistado os 18 slots diários da TAP no aeroporto Humberto Delgado, um aeroporto “com muitos constrangimentos”.

Estas faixas horárias, disponíveis a partir de Outubro, permitirão à empresa “tornar-se na segunda maior” em Lisboa.

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