Deco defende criação de um “fundo de catástrofe” para danos causados pelo clima

A associação quer proteger os consumidores em caso de fenómenos climáticos extremos, que tendem a ser cada vez mais intensos e frequentes com a crise climática.

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Deco quer que o Estado imponha às seguradoras a cobertura de riscos de catástrofe climática LUSA/PAULO NOVAIS

A Deco pede a criação de um “fundo de catástrofe” capaz de resguardar os consumidores em caso de fenómenos climáticos extremos, que tendem a ser cada vez mais intensos e frequentes com a crise climática. A ideia é que haja meios de protecção durante situações como a onda de calor que o país atravessa, “sobretudo quando a mesma potencie ou acentue situações que gerem prejuízos para os consumidores, como os recentes incêndios”, refere a associação de consumidores numa nota divulgada esta quinta-feira.

A associação afirma no documento ter endereçado “uma carta ao Governo e aos Grupos Parlamentares a pedir que este Fundo seja criado e regulamentado com urgência”. A missiva defende também que o Estado imponha às seguradoras, “de forma obrigatória e automática, a cobertura destes riscos, no âmbito de contratos de seguro obrigatórios ou facultativos, mas de forma disseminada”.

Dos mais de 50 incêndios activos na quarta-feira, muitos tinham ou têm lugar na região centro de Portugal, o que preocupa a delegação da DECO Centro. Segundo a nota enviada à imprensa, “os consumidores são aqueles que estão mais vulneráveis a estes desastres” e uma prova disso seria “os pedidos de ajuda que chegam a esta delegação, sobretudo de consumidores que revelam dificuldades no accionamento de seguros para cobrir as perdas dos seus bens ou que, simplesmente, não têm capacidade financeira para os subscrever”.

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