Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber

Zelensky reconhece que a situação no Donbass “é indescritivelmente difícil”, mas assegura que a região voltará a pertencer à Ucrânia. Moscovo afirma ter testado com sucesso o míssil de cruzeiro hipersónico Zircon e garante que o alvo foi “visado com sucesso”. Em Mariupol, entrou no porto o primeiro navio desde que a cidade caiu sob domínio russo.

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Kiev diz que a Rússia já perdeu 30 mil soldados desde o início da invasão Reuters/CARLOS BARRIA

Zelensky não acredita que as terras ocupadas pela Rússia desde 2014, nas quais se inclui a Crimeia, possam ser reconquistas pelos militares ucranianos. “Se decidirmos ir por esse caminho, vamos perder centenas de milhares de pessoas”, disse.

► Forças ucranianas dizem ter repelido ofensiva russa em Severodonetsk, no Donbass (leste), forçando as tropas inimigas a recuar, anunciou o governador militar da região de Lugansk, Serhiy Haidai.

Putin disse aos líderes de França e da Alemanha que a Rússia está disponível para discutir outras formas de a Ucrânia retomar os carregamentos de cereais. Ao bloquear os portos ucranianos, Moscovo impediu a exportação de 22 milhões de toneladas destes. A Rússia e a Ucrânia representam praticamente um terço do fornecimento mundial de trigo.

Entrou no porto de Mariupol o primeiro navio desde que a cidade caiu sob domínio russo. A embarcação será usada para carregar 2700 toneladas de metal, uma manobra que Kiev apelidou de "pilhagem".

► A Rússia testou com sucesso o míssil de cruzeiro hipersónico Zircon, que Putin diz ser “invencível”. O alvo, localizado a cerca de mil quilómetros de distância, foi “visado com sucesso”, disse o ministério da Defesa.

"O Donbass será ucraniano”, garante Zelensky. Reconhecendo que a situação é muito sensível, o Presidente garante que a área não será perdida para os russos. “Se os ocupantes pensam que Lyman ou Sievierodonetsk será deles, estão enganados”, afirmou.

► Os líderes da Igreja Ortodoxa Ucraniana realizaram um concílio em resposta à invasão. Em resultado, apelaram aos governos de Kiev e Moscovo que estabeleçam um caminho de negociação, e teceram críticas ao Patriarca Cirilo, que apoiou a invasão. Os líderes anunciaram que optaram pela “plena independência” da igreja ucraniana, cortando ligações com a igreja de Moscovo.

► A Ucrânia diz que a Rússia já perdeu 30 mil soldados desde o início da invasão, avança o jornal Kyiv Indepedent.

► A guerra agravou os custos que já se sentiam no sector da saúde, avançaram os administradores hospitalares. Os hospitais registaram subidas de 25 a 30% em materiais e equipamentos, mas a situação estende-se também aos hospitais privados, indústria e distribuidores farmacêuticos.

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