O que fazer quando a maioria escolhe um ditador?

A relação com a UE é meramente instrumental para Orbán e por boa parte do eleitorado húngaro. As boas relações com Moscovo pelo contrário, são genuinamente fraternais, porque emanam de uma matriz político-cultural comum, o nacionalismo autoritário, xenófobo e nepotista.

O que fazer quando uma maioria escolhe para primeiro-ministro um nacionalista autoritário que tem Putin como aliado e que perverte, a seu bel-prazer, os princípios fundacionais da UE e da democracia liberal? Podemos tentar explicar a vitória do iliberal húngaro com as bem documentadas manipulações dos círculos eleitorais, o controle hegemónico dos media pelo Fidesz, não esquecendo os tentáculos de uma imensa rede nepotista que transforma o clientelismo económico em apoio político. Seria certamente absurdo ignorar estas causas. Não obstante, a perplexidade persiste.

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