Suspeito de morte do polícia Fábio Guerra pede para ser ouvido pelas autoridades

Clóvis Abreu estará fora do país por motivos profissionais, mas disposto a entregar-se. Advogado já entregou ao Ministério Público requerimento para ser ouvido depois da Páscoa.

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Fábio Guerra, de 26 anos, não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer depois de ter estado dois dias em coma. Pedro Rios

Um dos suspeitos da morte do agente da PSP Fábio Guerra que ainda continua em liberdade pediu para ser ouvido pelas autoridades quando regressar do estrangeiro.

Clóvis Abreu faria parte do grupo envolvido numa rixa à porta de uma discoteca em Lisboa, a Mome, durante a qual ficaram feridos vários agentes da PSP que ali se encontravam à paisana na madrugada do passado dia 19 de Março. Fábio Guerra, de 26 anos, não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer depois de ter estado dois dias em coma.

A Polícia Judiciária deteve entretanto dois fuzileiros, mas nunca conseguiu localizar Clóvis Abreu, que também terá participado nas agressões. Segundo fonte ligada ao processo, este suspeito estará fora do país por motivos profissionais, mas está disponível para ser ouvido pelas autoridades depois da Páscoa, altura em que regressará ao país, já tendo o seu advogado apresentado um requerimento ao Ministério Público nesse sentido.

Os três suspeitos estão ligados ao universo dos ginásios e dos anabolizantes, substâncias consumidas como doping tanto em sectores profissionais como amadores. Homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada são os crimes pelos quais estão indiciados. Pelo menos um deles terá cadastro por agressões anteriores. Uns treinam num clube de boxe em Sesimbra, enquanto outros são da zona do Montijo.

Ouvidos no âmbito de um processo de averiguações interno da Marinha, os fuzileiros alegaram ter agido em legítima defesa quando um grupo, com dezenas de indivíduos lhes fez uma espera à porta da discoteca e os agrediu. Assumem o seu envolvimento na rixa, mas negam ter pontapeado o agente da PSP na cabeça. Alegam que os agentes já estariam junto a esse grupo e que terá sido o amigo que agrediu Fábio Guerra na cabeça, quando este já estava no chão.

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