Transportadoras de mercadorias querem alargamento do gasóleo profissional

Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias quer alargar o incentivo do gasóleo profissional a mais tipologias de veículos e aumentar a elegibilidade do número de litros, bem como o apoio monetário prometido aos transportes de mercadorias por conta de outrem, até 3,5 toneladas.

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ANTRAM quer aumento da elegibilidade do número de litros de gasóleo profissional Paulo Pimenta

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) reivindica medidas de apoio imediatas como o alargamento do gasóleo profissional “a tipologias de veículos que não estão ainda contempladas”, bem como o aumento da elegibilidade do número de litros abastecido por veículo para os 50 mil litros.

Em paralelo, quer também o mesmo apoio que foi prometido “aos transportes de mercadorias por conta de outrem, até 3,5 toneladas, e também aos TVDE, em concreto os 30 cêntimos por litro de combustível”. Neste último caso, desconhece-se ainda os detalhes do auxílio anunciado na segunda-feira pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, nomeadamente o tecto máximo do valor do apoio.

Os detalhes das reivindicações da ANTRAM, presidida por Pedro Polónio, constam de um comunicado da associação, emitido esta quarta-feira na sequência da reunião que decorreu ontem com o ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e pelo Secretário de Estado das Infra-estruturas, Jorge Delgado, no contexto de subida elevada dos combustíveis por causa da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Esta quarta-feira houve também um encontro entre o Ministério das Infra-estruturas e outros representantes do sector, a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), que também quer o alargamento do acesso ao gasóleo profissional “a todos os veículos com peso total em carga permitido não inferior a 3,5 toneladas”. A ANTP defende ainda a “isenção temporária do pagamento de portagens e ex-SCUTS, para todos os veículos licenciados para o transporte de mercadorias” e a isenção total do pagamento do IUC.

Por parte da ANTRAM, esta associação diz ainda que quer “colmatar o elevado custo do consumo do AdBlue”, um aditivo para diminuir as emissões de gases poluentes do gasóleo, e que, segundo afirma, custa hoje “cinco vezes mais do que há um ano”.

Para o efeito, defende-se, devia ser criado, “através do Fundo Ambiental, um apoio específico para as empresas cujas frotas utilizem este aditivo para que estas prossigam com os seus desígnios da descarbonização”. “Nos próximos dias haverá novos contactos com o Governo sobre o tema”, acrescenta a ANTRAM.

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