Escalada de guerra

O que está em causa é muito, mas muito mais, do que o destino de um país soberano cujo ‘crime’ é querer aproximar-se das democracias ocidentais.

Reserve as terças-feiras para ler a newsletter de Teresa de Sousa e ficar a par dos temas da actualidade global.

Se algum líder europeu voltar a dizer que ainda há espaço para a diplomacia, talvez seja melhor reler a “lição de história” que Vladimir Putin prenunciou ba segunda-feira à noite, directamente do Kremlin. Olaf Scholz e Emmanuel Macron tentaram até ao limite de um compreensível voluntarismo uma negociação diplomática capaz de dissuadir as suas piores intenções. A “lição de história” de Putin esteve constantemente presente em cada encontro com os líderes ocidentais que se deslocaram a Moscovo e em cada telefonema. Não é apenas sobre a Ucrânia, cuja existência voltou a negar e a ameaçar. É uma “lição” sobre objectivos muito mais vastos: desfazer a ordem europeia que nasceu depois da queda do Muro e da implosão da União Soviética. Ou seja, desafiar abertamente a integração na NATO dos países que foram parte da URSS ou estiveram sob a alçada do império soviético.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 91 comentários