Custos de construção de habitação nova caem pela primeira vez em mais de um ano

Em Dezembro, os custos de construção de habitação nova caíram 1,4% em relação ao mês anterior. É a primeira vez que se regista uma queda mensal deste indicador desde Setembro de 2020.

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Custo de construção de habitação nova caiu 1,4% em Dezembro face a Novembro Rui Gaudencio

Os custos de construção de casas novas voltaram a aumentar em termos anuais, mas, pela primeira vez em mais de um ano, foi registada uma quebra mensal, em cadeia. Os dados, relativos ao Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em Dezembro, mostram os dados do INE, o custo total da construção de habitação nova aumentou 6,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, valor que representa uma desaceleração face à taxa homóloga de 8,3% que tinha sido registada no mês de Novembro (esta variação foi revista em baixa pelo INE, que começou por estimar que os custos de construção de habitação teriam aumentado 8,5% em Novembro).

Esta é a primeira vez desde Julho do ano passado que se regista um abrandamento do crescimento dos custos de construção, mas a tendência de subida acentuada mantém-se, numa altura em que o impacto provocado pela pandemia sobre as cadeias logísticas e os preços das matérias-primas ainda se faz sentir.

É nesse contexto que os custos dos materiais se mantêm como aqueles que mais contribuem para a evolução dos custos de construção de habitação nova. Em Dezembro, o índice de preços dos materiais registou um aumento de 8% em relação ao mesmo mês de 2020, variação que, ainda assim, representa uma desaceleração face ao aumento de 9,4% observado em Novembro. Já o custo da mão-de-obra cresceu 5,1% no mês em análise, também abaixo da taxa de variação de 6,8% que tinha sido registada no mês anterior.

Na evolução em cadeia, por outro lado, começam a surgir sinais de correcção. O custo de construção de habitação nova caiu 1,4% em Dezembro, em relação a Novembro, naquela que é a primeira vez que se regista uma quebra mensal desde Setembro de 2020. Já o preço dos materiais caiu 0,7%, enquanto o custo da mão-de-obra recuou 2,3%.

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