Kering e Cartier lançam pacto ambiental para a produção de relógios e joalharia

Os parceiros da iniciativa, sob a bênção do Conselho de Joalharia Responsável, pretendem agora começar a recrutar outras etiquetas europeias e, depois, passar para as de outras regiões.

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A Pomellato faz parte do universo Kering DR

O grupo de luxo francês Kering, a Cartier - Richemont e o Conselho de Joalharia Responsável (RJC, na sigla original) juntaram-se para estabelecer objectivos ambientais para a produção de relógios e actividades de joalharia, desafiando as outras marcas da indústria a juntarem-se a este pacto.

A iniciativa surge no meio de um escrutínio acrescido das questões ambientais entre os consumidores, especialmente das gerações mais jovens, fontes chave do crescimento futuro das receitas dos rótulos de luxo.

Denominada “iniciativa relógios e jóias 2030”, os objectivos incluem metas para reduzir as emissões de carbono, proteger a biodiversidade e adoptar práticas definidas pelo Conselho de Joalharia Responsável, um organismo da indústria que estabelece padrões de qualidade.

“Temos provas de que ao estarmos juntos somos muito mais fortes e também muito mais poderosos para atingir este tipo de objectivos”, considerou o director-geral da Kering, Jean-Francois Palus. A Kering é​ proprietária das marcas de joalharia Boucheron e Pomellato e das marcas de relógios Ulysse Nardin e Girard-Perregaux. E não é uma novata no que diz respeito aos objectivos para defesa do ambiente: o grupo já se lançou nessa frente com a indústria do vestuário: em 2019, o seu presidente, François-Henri Pinault, reuniu dezenas de etiquetas internacionais para assinar o chamado Pacto da Moda, que inclui a redução de emissões e o fim da utilização de plástico, e, recentemente, informou que irá deixar de utilizar peles de animais em todas as suas marcas

Os parceiros da iniciativa de relojoaria pretendem começar a recrutar etiquetas europeias antes de passar para as de outros países, especificou o director executivo da Cartier, Cyrille Vigneron, que citou uma lista de grandes marcas, incluindo a Tiffany. “Pensamos que haverá um número muito grande de marcas chave e depois também as mais pequenas, mas também fornecedores chave, com distribuidores que se juntarão à iniciativa”, disse Vigneron.

No entanto, a LVMH, que comprou a Tiffany no início deste ano, não subscreveu o Pacto da Moda, que incluía etiquetas de luxo, como a francesa Hermès de França, e marcas generalistas, como a Inditex, proprietária da Zara.

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