“Brutalmente desfigurada”, Linda Evangelista processa empresa de cosmética em 50 milhões

Linda Evangelista entrou com um processo judicial de 50 milhões de dólares (42,7 milhões de euros) por procedimentos cosméticos que, acusa, a deixaram “brutalmente desfigurada” e a transformaram numa reclusa.

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Linda Evangelista, em 2007, após ter sido escolhida para ser o rosto da empresa internacional de cosméticos Yardley Reuters/STEFAN ROUSSEAU

Depois de uma ascensão meteórica e de uma carreira de top model nos anos 80 e 90 do século passado, Linda Evangelista desapareceu subitamente de circulação e das capas das revistas. Agora, soube-se a razão: a antiga supermodelo relatou ter-se submetido, há cinco anos, a um tratamento cosmético que a deixou "brutalmente desfigurada”.

A canadiana, de 56 anos e uma das maiores figuras das passerelles e capas de revistas, tendo nos anos 90 integrado o grupo das chamadas Super Six, com Claudia Schiffer, Cindy Crawford, Christy TurlingtonKate Moss e Naomi Campbell, publicou no Instagram o relato de como foi submetida a um tratamento para reduzir a gordura há cerca de cinco anos.

“Aos meus seguidores que se perguntam por que não tenho trabalhado enquanto as carreiras dos meus pares têm prosperado, a razão é que fiquei brutalmente desfigurada pelo procedimento CoolSculpting de Zeltiq, que fez o contrário do que prometia”, escreveu numa publicação desta quarta-feira.

A modelo especifica que sofreu um efeito secundário raro chamado hiperplasia adiposa paradoxal (HAP) após os procedimentos, que provoca um inchaço nas áreas que foram tratadas. “A HAP não só destruiu o meu sustento, como me atirou para um ciclo de depressão profunda, tristeza profunda (...). No processo, tornei-me uma reclusa.”

A Zeltiq Aesthetics, uma unidade da Allergan Aesthetics e da empresa mãe AbbVie, não respondeu a um pedido de comentários.

A acção contra a empresa foi interposta por Linda Evangelista, tendo entregado o processo, na terça-feira, no tribunal federal de Nova Iorque. A queixa acusa a Zeltiq de negligência, publicidade enganosa e alega que a empresa não avisou os clientes dos possíveis efeitos secundários. O processo descreve ainda que a modelo foi submetida a múltiplos procedimentos entre 2015 e 2016 para reduzir a gordura nas coxas, abdómen, costas, flancos e queixo. Mas a cirurgia correctiva não conseguiu corrigir a HAP.

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