É o terceiro ano que a revista norte-americana Time elege uma centena de lugares “extraordinários” no mundo e, desta vez, a selecção até merece destaque luso, indo da “idílica cidade portuguesa de Arouca, agora morada da maior ponte pedonal suspensa do mundo, ao continente da Antárctida, onde em Dezembro se poderá observar um raro eclipse solar total”.
Tendo em conta “os desafios” que, no último ano e meio, “transformaram o nosso mundo”, e “poucos sectores foram tão afectados quanto o das viagens, turismo e hospitalidade”, a lista publicada anualmente e que faz capa da próxima edição da revista Time é também “um tributo às pessoas e empresas na vanguarda destas indústrias que, em circunstâncias extraordinárias, encontraram formas de se adaptar, construir e inovar”.
A selecção, acrescentam, pretende destacar “a engenhosidade, a criatividade, a revitalização e a reabertura de destinos em todo o mundo”. “E ainda que não seja possível visitar todos os lugares em segurança, vale a pena ler (e sonhar) com eles até que seja, uma vez mais, tempo de explorar.”
E é assim que, entre o continente gelado, capitais pelo planeta fora e paisagens de tirar o fôlego, surgem duas pérolas portuguesas: Arouca e a sua mais recente – e aguardada – atracção turística, a ponte Arouca 516; e a cidade de Coimbra, com o seu novíssimo spa do sono.
De Arouca, “com as suas igrejas brancas e praça central em azulejos”, “já era conhecida” a sua beleza, mas a “maior ponte pedonal do mundo” veio trazer outro atractivo ao concelho, andando nas bocas do mundo pela sua engenharia, destaca a publicação. Tamara Hardingham-Gill, que assina os dois textos portugueses, aponta ainda os Passadiços do Paiva, as ruínas romanas e medievais da região, e o Mosteiro de Santa Maria de Arouca, “um dos maiores edifícios em granito do país”.
Quanto a Coimbra, sem esquecer a mais antiga universidade portuguesa, a jornalista sublinha algumas das principais novidades da cidade: o Hastens Sleep Spa, o primeiro hotel criado pela empresa sueca de fabrico de colchões, com 15 quartos e a promessa de “proporcionar um sono superior”; e o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, com exposições dedicadas a Mário Cesariny, Peter Zimmermann e Helena Almeida. “Coimbra está também a investir milhões na melhoria e preservação de monumentos nacionais, com obras de restauro já a decorrer nas ruínas do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, construído na margem do rio Mondego”, acrescenta.