Covid-19 em Portugal: um novo dia sem mortes (o terceiro este mês) e 523 novos casos

Esta sexta-feira foi o primeiro dia sem mortes por covid-19 desde 14 de Maio. Há mais três pessoas internadas nos hospitais e mais quatro pessoas nos cuidados intensivos, num total de 59. Lisboa e Vale do Tejo tem 37% dos novos casos.

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Matosinhos, Portugal Paulo Pimenta

Portugal registou, nesta sexta-feira, 523 casos de infecção pelo vírus que causa a covid-19 e nenhum morte. Este é o primeiro dia sem mortes por covid-19 desde 13 de Maio. No total, este ano, foram registados cinco dias sem mortes, três deles em Maio: a 25 de Abril registou-se o primeiro dia sem vítimas mortais desde 2 de Agosto de 2020 e desde então verificou-se o mesmo a 29 de Abril, 2 de Maio, a 13 de Maio e nesta sexta-feira.

No total, desde o início da pandemia, o país soma 844.811 casos confirmados e 17.017 vítimas mortais. Os dados, referentes à totalidade do dia de sexta-feira, foram divulgados neste sábado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Há mais três pessoas internadas nos hospitais (num total de 210) e mais quatro pessoas nos cuidados intensivos (num total de 59). Há a reportar mais 482 casos recuperados da infecção, num total de 805.466 recuperações desde o início da pandemia. Feitas as contas, há mais 41 casos activos, o que significa que 22.328 portugueses ainda lidam com a doença. Há 19.541 contactos em vigilância pelas autoridades, mais 131 do que no último balanço.

Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 8938 são homens e 8079 são mulheres. Das 17.017 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 11.183 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,7%.

Lisboa e Vale do Tejo com 37% dos novos casos

Grande parte dos novos casos foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo (196 novas infecções, o que corresponde a 37,4%) e no Norte (161 novos casos, cerca de 30,7%). O Norte continua a ser a região com o maior número de casos acumulados: há 339.174 casos confirmados e 5352 mortes. Lisboa e Vale do Tejo é a segunda: são 319.180 os registos de infecção e 7211 mortes por covid-19 — e é a região do país com mais vítimas mortais.

O Centro contabiliza 119.490 infecções (43 novas) e 3020 mortes. O Alentejo totaliza 30.056 casos (37 novos) e 971 mortes. No Algarve, há 22.123 casos de infecção (mais 21) e 363 óbitos. A Madeira regista 9601 casos de infecção (31 novos) e 68 mortes. Já os Açores registam 5187 casos (mais 34) e 32 mortes.

Os valores da matriz de risco que guia o desconfinamento são iguais aos do dia anterior uma vez que só são actualizados nos boletins de segunda, quarta e sexta-feira. Segundo os últimos dados, o indicador R(t), o índice de transmissibilidade da doença, nacional e do continente fixa-se em 1,03. Este dado representa um ligeiro aumento em relação aos valores de quarta-feira, quando este indicador se fixava em 1,02.

Numa trajectória semelhante, a incidência nacional a 14 dias por cem mil habitantes também subiu ligeiramente para 52,6 casos. A incidência do território continental é, segundo a última actualização, de 49,5 casos.

São estes dois indicadores que ditam o avanço (ou recuo) das diversas fases do desconfinamento. Se os indicadores permanecerem na área verde, ou seja, se o índice de transmissibilidade continuar abaixo de 1 e a incidência abaixo de 120, o desconfinamento poderá avançar, mas se o país chegar à zona amarela ou vermelha, a reabertura da sociedade e da economia poderá ser travada ou revertida.

O país vai continuar a desconfinar a diferentes velocidades. Portugal tem, neste momento, a grande maioria dos concelhos no nível de desconfinamento máximo, com as medidas de 1 de Maio, mas há quatro concelhos com as regras da fase de 19 de Abril: Arganil (Coimbra) e Lamego (Viseu), que já estavam nesse patamar na semana passada, e agora Montalegre (distrito de Vila Real) e Odemira (distrito de Beja), que recuam um nível.

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