Estacionamento fica mais caro nas Avenidas Novas

Zonas amarelas e verdes passam a vermelhas e amarelas. Mudança afecta quem não tem dístico de morador ou comerciante.

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Mudanças tarifárias começaram esta semana e prolongam-se até Dezembro Miguel Manso

A partir desta segunda-feira é mais caro estacionar o carro nas avenidas 5 de Outubro, Elias Garcia, Miguel Bombarda, João Crisóstomo e Marquês de Tomar. A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) decidiu mudar as tarifas em vigor na freguesia das Avenidas Novas, que até ao final do ano passará a ter uma grande zona vermelha e uma amarela mais pequena.

Actualmente, à excepção das avenidas da República e de Berna, do Bairro Azul e do Alto do Parque, que já são zonas vermelhas, a freguesia é quase toda amarela e existe uma zona verde entre as avenidas de Berna e das Forças Armadas. Essa área, entre a 5 de Outubro e a Estrada das Laranjeiras, passará a ser zona amarela em Dezembro, enquanto as outras se tornarão vermelhas nas próximas três semanas.

“Esta medida justifica-se pela necessidade de assegurar a rotação de estacionamento, decorrente da significativa concentração de tráfego, comércio e serviços”, justifica a EMEL numa nota publicada no seu site.

Neste momento, a tarifa vermelha é a mais cara em vigor em Lisboa. O estacionamento só é permitido por um período máximo de duas horas e custa 1,60 euros/hora. Já nas zonas amarelas é permitido estacionar até quatro horas, com um preço de 1,20 euros por hora. A Câmara de Lisboa aprovou este ano um novo regulamento que prevê a introdução de mais duas tarifas, a castanha e a preta, que serão mais caras do que a vermelha. Ainda se desconhece quais os locais concretos onde vão ser aplicadas.

Esta mudança de tarifas não afecta quem tem ou queira ter dísticos de residente ou comerciante, pois o valor é igual para toda a cidade e a EMEL, por muito pressionada que seja uma zona, não tem meios legais para suspender a emissão de dísticos.

Com o agravamento dos preços, a empresa espera que mais lugares fiquem disponíveis para moradores. “A oferta de transportes públicos e, ainda, a existência de diversos parques na zona, permitem uma melhor mobilidade”, diz a EMEL na mesma nota.

Em Março, com a chegada da pandemia a Portugal, o pagamento de estacionamento na via pública foi suspenso durante dois meses. Na semana passada, CDS e PSD propuseram que essa suspensão fosse novamente adoptada, em função do agravamento da situação pandémica, mas a proposta foi rejeitada.

O mapa e o calendário detalhado das alterações podem ser consultados aqui.

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