Quatro portugueses da tripulação do Diamond Princess sem coronavírus

Direcção-Geral da Saúde emitiu comunicado a explicar que o tripulante português infectado está assintomático.

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Diamond Princess, barco que está sob quarentena Reuters/ATHIT PERAWONGMETHA

O português infectado pelo coronavírus a bordo do navio Diamond Princess, atracado no Japão, permanece assintomático, informa a Direcção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado. Os restantes quatro cidadãos de nacionalidade portuguesa na embarcação, colocada em quarentena há mais de três semanas, apresentam testes negativos.

A comunicação, assinada pela Directora-Geral da Saúde, Graça Freitas, adianta que o português está em isolamento para “prevenção do contágio a outras pessoas”. Adriano Luís Maranhão deverá ser, à semelhança dos restantes casos positivos, transferido para “um hospital de referência no Japão”, cumprindo o protocolo estabelecido pelas autoridades japonesas.

O homem, com 41 anos, faz parte da tripulação do navio há cinco anos onde exerce funções como canalizador. Adriano Luís Maranhão é natural da Nazaré e teve conhecimento do diagnóstico às 14h de sábado. O cidadão português está no navio desde dia 13 de Dezembro. No Diamond Princess há a confirmação de pelo menos 634 pessoas infectadas com o Covid-19, num universo de 3711 pessoas. Três dessas pessoas morreram em sequência da infecção. Na manhã deste domingo, as autoridades japonesas confirmaram mais uma morte de um passageiro que tinha sido levado para o hospital. São agora três as vítimas mortais do Covid-19 que viajavam neste barco.

Adriano Maranhão falou com a TSF e denunciou a falta de condições de segurança oferecidas à tripulação do navio, lembrando que não foram entregues máscaras aos tripulantes nos primeiros dias de quarentena. “A máscara só foi obrigatória ao fim de dois ou três dias de começar a quarentena. Não foi logo. Os chefes proibiram-nos de usar a máscara, porque só os médicos é que poderiam autorizar a máscara. Passado uns dias disseram que éramos obrigados a andar com a máscara. Passados dois dias, talvez, foi-nos dito que tínhamos de andar com luvas. O processo aqui foi muito lento e nem sequer usámos as protecções adequadas”, afirma o canalizador.

O funcionário no Diamond Princess relevou que a embaixada já tem conhecimento do caso, adiantando que irá abandonar o navio o mais rapidamente possível para ser admitido como paciente no hospital local.

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