CDU contra maioria absoluta do PS e regresso do “ramerrão” da política de direita

Se o PS ficar de “mãos livres”, em maioria absoluta, muitas políticas adoptadas , com o apoio dos partidos de esquerda, acabarão “por andar para trás” e ser perdidas, defendeu o líder do PCP.

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O líder do PCP, Jerónimo de Sousa alertou para o que considera os riscos de uma maioria absoluta do PS Pedro Fazeres

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, dramatizou este sábado as consequências de uma maioria absoluta do PS nas legislativas e pediu o voto na CDU para evitar o regresso do “ramerrão” da política de direita, com os socialistas.

“É preciso dar mais força à CDU”, coligação eleitoral entre o PCP e o PEV, pediu Jerónimo de Sousa, numa festa-comício no centro de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, em que disse que se o PS ficar de “mãos livres”, em maioria absoluta, muitas políticas adoptadas nos últimos quatro anos, com o apoio dos partidos de esquerda, acabarão “por andar para trás” e ser perdidas, “com o apoio do PSD e do CDS”.

O líder dos comunistas portugueses afirmou que muitas das medidas adoptadas pelo executivo de António Costa, com o apoio do PCP, PEV e também o Bloco de Esquerda, “não estavam no programa o PS” e foi preciso ultrapassar “muitas e fortes resistências”.

Esta foi também a resposta de Jerónimo de Sousa à entrevista do ministro das Finanças, Mário Centeno, à TSF, na sexta-feira, em que, na interpretação comunista, admitiu que “ao PS convinha a maioria absoluta para conseguir mais rápido os seus objectivos”. E o líder comunista comentou: “Foi pena que não dissesse quais eram são.”

E foi também nesta parte do discurso, de pouco menos de 30 minutos, que Jerónimo de Sousa fez o alerta: “Se o PS ficar de mãos livres muita da matéria em que se avançou [desde 2015] acabará por andar para trás e ser perdida, com o apoio do PSD e do CDS.”

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